Singapura – Argentina (Amigável Internacional)
A estreia de Sampaoli à frente da seleção argentina foi benzida com uma vitória sobre o Brasil. Não há como melhorar. Agora a Argentina enfrenta a congénere de Singapura, um adversário bem mais modesto que vai permitir ao novo selecionador apostar em formações alternativas e testar jogadores menos testados. É natural que as estrelas entrem de início para corresponder à histeria da assistência mas depois darão lugar às segundas linhas, que no caso da Albiceleste, continuam a ser de extrema qualidade.
Singapura sofreu nova derrota no sábado passado, frente a Taiwan (1-2). Hariss Harim abriu o marcador logo ao sexto minuto da partida mas a formação visitante deu a volta ao resultado com um golo em cada parte. A partida correspondia ao segundo compromisso da qualificação para a Taça Asiática de 2019 e com este resultado a seleção comandada por Varadaraju Moorthy cai para o fundo da tabela do Grupo E. O agrupamento é liderado pelo Turquemenistão e Taiwan, ambos com três pontos, seguidos de Barém e Singapura, com um único. A diferença, substancial, é que turcomenos e baremitas só cumpriram ainda um jogo.
Onze Provável: Sunny – Bennett, Baharudin, Mohana, Hamzah, Shahdan Sulaiman, Shafiq, Harun, Hanapi, Ramli, Fandi.
A estreia de Jorge Sampaoli ao comando da seleção nacional do seu país não podia ter sido mais abençoada. A Argentina venceu o eterno rival, o Brasil (0-1), num amigável na Austrália. Valeu o golo solitário de Gabriel Mercado, em cima dos quarenta e cinco minutos. É certo que o jogo era a feijões, como se costuma dizer, e que faltavam alguns elementos de peso na Canarinha, casos de Neymar e Firmino. Mas também era uma fase de convulsão na Albiceleste. Como sabemos, o novo selecionador é homem de ideias muito próprias e que gosta de imprimir novas rotinas e atitude nas equipas que comanda. O mais importante era mesmo dar à seleção argentina a sensação de triunfo para ganhar confiança. Nestas experiências iniciais o mais importante é mudar a parte mental porque o resto certamente levará um pouco mais de tempo a acertar. Para isso, o jogo de preparação com Singapura é mais apropriado. Um adversário mais acessível e contra quem o resultado não seja importante vai permitir a Sampaoli fazer experiências em contexto de jogo. Não apenas dar minutos a jogadores menos utilizados mas mesmos testar formações diferentes. O público asiático já ficou possesso quando percebeu que Leo Messi não estaria presente. O astro do Barcelona foi dispensado, supostamente para preparar o casamento com Antonella. Aliás, Nicolás Otamendi teve a mesma benesse. Os futebolistas têm uma janela curta para estes eventos. Para não hostilizar ainda mais o público, outras estrelas terão que dar o litro, ainda que possam ser substituídas depois. Convenhamos, mesmo as segundas linhas da Argentina estão longe de ser jogadores anónimos e sem qualidade.
O novo selecionador tem pela frente uma tarefa de peso. A Argentina está no quinto lugar do grupo sul-americano, com vinte e dois pontos, o tal que dá acesso a um play-off mas não o apuramento direto. À exceção do Brasil, que já leva nove pontos de vantagem sobre o segundo classificado, a Colômbia, as restantes vagas de qualificação ainda estão em aberto. Entre colombianos e argentinos, segundo e quinto, há apenas dois pontos de separação. No final de agosto a Albiceleste visita o Uruguai, que está na terceira posição, e depois recebe o lanterna-vermelha, a Venezuela.
Onze Provável: Romero – Mercado, Maidana, Tagliafico – José Luis Gomez, Biglia, Banega, Di Maria – Icardi, Dybala, Correa.
Esta será a primeira vez que Singapura e Argentina se defrontam.