Sevilla – Bayern de Munique (Liga dos Campeões)
Grandes expetativas de parte a parte neste confrontos dos quartos de final. O Bayern quer há muito que o poderio de que goza na Bundesliga se traduza também na Liga dos Campeões. Mas o Sevilla lutou tanto por esta oportunidade única que vai fazer a vida difícil aos germânicos. Depois do que aconteceu ao Man United, ninguém vai ser apanhado de surpresa.
O Sevilla sabe que o favoritismo está todo do outro lado mas isso até jogou a seu favor no embate frente a Mourinho. O facto é que o clube espanhol, que acarinhou uma espécie de fétiche pela Liga Europa, trabalhou muito para chegar as estes quartos de final. E chegado aqui, não vai facilitar a vida a ninguém. Competição ao mais alto nível, enfrentar as melhores equipas do mundo, não é nada de estranho nem intimidante para quem alinha com a camisola do Sevilla. Basta lembrar que no fim de semana impuseram um empate ao Barcelona (2-2), partida na qual estiveram quase sempre por cima. A vantagem conseguida por Franco Vázquez e Luis Muriel foi, no entanto, anulada pela qualidade individual das estrelas Culé. Luis Suárez e Leo Messi impediram que o Sevilla reclamasse os três pontos marcando nos dois últimos minutos do encontro.
Nos oitavos de final o Sevilla só surpreendeu ao eliminar o Manchester United a quem não assistiu aos jogos. Na primeira mão, no Ramón Sánchez Pizjuán, só De Gea numa noite épica impediu que os espanhóis conseguissem um triunfo, que não chocaria se fosse por vários golos. E na ida a Old Trafford, foram a equipa que quis realmente atacar o jogo e foram recompensados por isso. Ben Yedder, que não tinha sido utilizado no primeiro encontro e ficou no banco no segundo, entrou no segundo tempo para, no espaço de quatro minutos, dar a volta ao resultado e selar a passagem histórica aos quartos de final da Liga dos Campeões.
Éver Banega cumpre castigo e é um baixa importante para o meio-campo sevilhano mas é a única limitação que Vincenzo Montella tem no plantel.
Onze Provável: Rico – Mercado, Kjaer, Lenglet, Escudero – N’Zonzi, Pizarro – Sarabia, Vászquez, Correa – Muriel.
Ao contrário do clube adversário, o Bayern de Munique está habituado a frequentar a fases terminais da Liga Milionária e há muito que persegue o sexto título de campeão europeu, que seria também um prémio bem merecido para Heykes no seu regresso da reforma antecipada. Na Bundesliga os Bávaros continuam a ser avassaladores: lideram com dezassete pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o Schalke 04, e no passado fim de semana golearam o terceiro, o Dortmund (6-0) sem apelo nem agravo. E quem viu o encontro sabe que a partida não foi particularmente intensa e que o Bayern geriu o resultado a seu bel-prazer. Lewandowski fez um hat trick, complementado pelos contributos de James Rodríguez, Muller e Frank Ribéry.
Nos oitavos de final o Bayern de Munique praticamente passeou frente ao Besiktas (5-0, 1-3) de Pepe e Quaresma. Depois de uma mão cheia de golos na primeira mão, na Alianz Arena, os Bávaros foram à Turquia sem contemplações. Venceram de novo, apesar das tentativas desgarradas do Besiktas para dar luta.
Manuel Neur está de volta aos treinos mas o longo tempo de paragem vai obrigar a uma recuperação programada, ainda com o Mundial em mente. Kingsley Coman é o único lesionado do plantel bávaro.
Onze Provável: Ulreich – Kimmich, Boateng, Hummels, Alaba – James Rodríguez, Martínez, Vidal – Robben, Lewandowski, Ribéry.
É a primeira vez que as duas equipas se defrontam. Os alemães, claramente favoritos, não são de excessos de confiança. Mas também depois do que o Sevilla fez ao conjunto treinador por Mourinho, está toda a gente de sobreaviso. O ambiente no Sánchez Pizjuán costuma ser impressionante mas não chega para incomodar o Bayern.
O conjunto alemão sagrou-se pela última vez campeão europeu há cinco temporadas, numa final cem por cento germânica, frente ao Borussia Dortmund.