Servette – SC Braga (Liga Europa)
A primeira “chicotada psicológica” da temporada aconteceu em Braga. O técnico Daniel Sousa “bateu com a porta” aparentemente por vontade própria e viabilizou o regresso de Carlos Carvalhal a uma casa que bem conhece. No primeiro desafio ao leme, Carvalhal tem uma exigente tarefa em mãos: levar os “Guerreiros do Minho” à próxima etapa da fase preliminar da Liga Europa.
Análise Servette
“Underdog” à entrada para esta eliminatória ante o Braga, o Servette viajou até à Pedreira empenhado em assegurar um resultado que permitisse adiar a discussão para território helvético.
Antes do encontro, uma derrota pela margem mínima (por exemplo) figurava como um resultado positivo para as cores do Servette, mas a realidade é que os suíços conseguiram melhor que isso e assinaram um empate sem golos.
Perante uma equipa do Braga muito aquém do esperado e exigível, o Servette até aproveitou a permissividade dos homens da casa para se chegar à frente, sobretudo no primeiro tempo. No entanto, não foi capaz de materializar em golos as oportunidades das quais dispôs e, na etapa complementar, a toada do encontro alterou-se – o Braga “apertou o cerco”, cometeu menos erros na construção bem como na pressão e a só desinspiração no capítulo ofensivo foi impeditiva de alcançar outro tipo de resultado.
Contas feitas, o Servette assegurou um empate interessante dadas as suas pretensões e argumentos, mas o favoritismo ao acesso não deixa de estar do lado dos bracarenses.
Entre os dois encontros desta eliminatória com o Braga, o Servette disputou a quarta jornada do campeonato suíço e as coisas não correram nada bem: a atuar em casa, os comandados de Thomas Haberli saíram derrotados por seis bolas a zero. Ainda que não justifique a “dureza” do resultado, o técnico do Servette optou por promover algumas alterações na equipa por forma a salvaguardar a condição de alguns atletas para o segundo encontro com o Braga.
Assim, comparativamente à equipa que alinhou na Pedreira, abandonaram o onze Joel Mall, Anthony Baron, Timothé Cognat, Dereck Kutesa e Jérémy Guillemenot.
Onze provável: Joel Mall, Keigo Tsunemoto, Anthony Baron, Yoan Severon, Bradley Mazikou, Gael Ondoua, Timothé Cognat, Miroslav Stevanovic, Dereck Kutesa, Jérémy Guillemenot, Enzo Crivelli
Análise Braga
“Rei morto, rei posto”. Daniel Sousa tornou-se no quarto técnico a ser despedido após a primeira jornada do principal escalão do futebol nacional no século XXI. Sem que nada o fizesse prever na “esfera pública”, a realidade é que o treinador deixou mesmo o comando técnico do Braga após somente quatro encontros oficiais com um saldo de duas vitórias e dois empates. A imprensa nacional escreve que Sousa travou tentativas de ingerência no seu trabalho e que, por outro lado, a direção presidida por António Salvador tomou a decisão em função do facto de não ter reconhecido progressão na equipa ao longo das semanas. O empate caseiro ante o Estrela (1-1), a abrir o campeonato, terá correspondido à “gota d’água”.
Certo é que, uma vez consumada a saída, o Braga rapidamente encontrou sucessor: Carlos Carvalhal foi o eleito da direção “arsenalista” e cumprirá assim a sua terceira experiência no clube. Sem tempo para grandes apresentações, Carvalhal precisa colocar as “mãos à obra” no imediato, até porque o Braga viajará na quarta-feira (14) para a Suíça em busca de conquistar o acesso à próxima ronda preliminar da Liga Europa.
Experiente, perfeitamente identificado com a cultura do clube e conhecedor dos “cantos da casa”, Carvalhal quer estrear-se com o pé direito e os adeptos bracarenses esperam que o impacto da mudança seja imediato. A “correr contra o tempo”, o técnico português trabalhará sobretudo no “simples” e dedicar-se-á a perceber de que forma poderá contrariar o Servette e encontrar os caminhos para o sucesso, até porque o acesso à próxima ronda da Liga Europa é a grande prioridade neste momento.
Onze provável: Matheus Magalhães, Víctor Gómez, Sikou Niakaté, Bright Arrey-Mbi, Adrián Marín, João Moutinho, Rodrigo Zalazar, Roger Fernandes, Ricardo Horts, Bruma, Amine El Ouazzani
Dica de Prognóstico
O Braga não protagonizou a mais feliz das exibições na primeira mão, daí que o encontro tenha chegado ao fim com um empate sem golos. Os “Guerreiros do Minho” eram favoritos ao acesso à entrada para esta eliminatória e continuam a sê-lo. A chegada de um novo treinador sinonimiza, regra geral, um “boost” em termos anímicos e acreditamos que, com maior ou menor dificuldade, o Braga acabará por se apurar para a próxima fase da Liga Europa.
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