Seattle Seahawks – Detroit Lions (NFL)
No CenturyLink Field os Seahawks serão sempre amplamente favoritos, especialmente em se tratando dos play-offs. Mesmo que a equipa tenha estado bastante aquém das expetativas, no aspeto ofensivo mas sobretudo na componente defensiva, tem a experiência destes grandes momentos e sabe superar-se neles. Os Lions sofreram uma série de baixas importantes por lesão a caminho da pós-temporada e há vinte e seis anos que não vencem um jogo nos play-offs. Será desta?
Os Seattle Seahawks tiveram uma época regular muito aquém das expetativas. Cedo se percebeu que Arizona não seria a ameaça que se chegou a temer no início da temporada e a equipa de Pete Carroll beneficiou claramente da falta de concorrência de nível para conquistar, mais uma vez, a NFC Oeste. Russell Wilson sofreu três lesões diferentes nos primeiros jogos da campanha e foi-se aguentando como pode dentro das limitações que ia sentindo. Como ele é o elemento determinante para que a formação consiga avançar com a bola pelo chão o ataque ficou também coxo em boa parte das partidas. Mas o que caiu bastante de nível foi a defesa, muito longe da unidade intimidante a que nos habituou nos últimos quatro anos. A Legion perdeu uma boa parte do seu boom, podemos dizer. Podemos focar-nos nesta componente específica que ajuda a explicar o declínio. Os Seattle passaram de quinta para décima sexta melhor defesa no que respeita a turnovers, uma das armas que cimentou o seu domínio em anos recentes. Ainda esperei que a equipa fosse subindo de forma à medida que a época regular se aproximava do termo, já que tem sido uma característica dos Seahawks atingir o pico estrategicamente nesta altura, para estar na máxima força nos play-offs, mas tal não chegou a suceder.
Apesar de tudo isto, os Seahawks são sempre claros favoritos a jogar em casa – o barulho ensurdecedor das bancadas do CenturyLink Field é uma pressão real – sobretudo na pós-temporada. Esta é uma formação experimentada nestas andanças e que se notabilizou em diferentes temporadas pela superação nestes jogos a eliminar. Para dar uma ideia mais aproximada da diferença entre as duas equipas nesta fase da temporada basta recordar que Seattle não perde uma partida em casa nos play-offs desde 2004 (nove vitórias) e Detroit não ganha na pós-temporada há vinte e seis anos.
Os Detroit Lions iam bem lançados para vencer a NFC Sul mas o ressurgimento dos Packers na segunda metade da época regular deu-lhes cabo dos planos. É certo que eles também têm responsabilidade no desfecho. Se vencessem qualquer um dos últimos jogos da fase inicial não teriam ficado à mercê de Aaron Rodgers (31-24) e companhia. Assim tiveram que se contentar com ser o sexto cabeça de série na NFC e ir a Seattle lutar pela primeira vitória nos play-offs em mais de duas décadas.
É claramente mais animador quando as equipas chegam em crescendo a este momento da época, e as derrotas sucessivas quebram um pouco a confiança. Mas os Seahawks deste ano não são a força destruidora dos últimos quatro anos e há que manter a esperança. O maior problema ade Detroit é que não tem sido capaz de arrancar com o jogo em corrida. Com Theo Ridick fora de serviço a equipa tem tido que depender exclusivamente de Zack Zenner para esse efeito e a linha ofensiva não tem sido eficaz a criar os bloqueios necessários para essa componente do jogo ganhar expressão. Matthew Stafford continua a ser uma quarterback de elevada qualidade mas desde que deslocou o dedo e se viu forçado a jogar com a luva de proteção a sua precisão nos passes mais profundos ficou alterada.
2015 | Seattle Seahawks | Detroit Lions | CenturyLink Field | 13-10 |
2012 | Detroit Lions | Seattle Seahawks | Ford Field | 28-24 |
2009 | Seattle Seahawks | Detroit Lions | Qwest Field | 32-20 |
2006 | Detroit Lions | Seattle Seahawks | Ford Field | 6-9 |
Seattle venceu quatro dos últimos cinco confrontos que teve com Detroit de 2003 para cá mas os mais recentes foram bastante equilibrados. Uma vitória para cada lado e no máximo quetro pontos de diferença.