Seattle Seahawks – Carolina Panthers (NFL)
A temporada de Carolina pode estar praticamente arrumada mas nem por isso um frente a frente com Seattle deixa de ser eletrizante. A qualidade está lá, mesmo se Luke Kuechly ainda fica de fora, ao abrigo do protocolo para lesões cerebrais. Os Seahawks foram despojados em Tampa Bay no domingo passado e vão tentar descontar em cima dos Panthers. Este é um jogo em que as duplas de quarterback/ tight end costumam brilhar.
Os Seattle Seahawks sofreram um revés na última jornada, em Tampa Bay (14-5). A ofensiva do conjunto liderado por Pete Carroll tem tido os seus altos e baixos ao longo da temporada mas essa oscilação costuma ser resolvida quando Russell Wilson está na posse de todas as suas faculdades. Nas últimas semanas o quarterback de Seattle foi mostrando estar livre de limitações físicas e por isso a derrota com os Buccanneers chega com alguma surpresa. Wilson completou dezassete de trinta e três passes tentados, para cento e cinquenta e uma jardas. Não conseguiu nenhum TD mas registou duas interceções. Ainda foi o jogador dos Seahawks que mais correu com a bola (oitenta jardas em oito tentativas) e estes números são bem exemplificativos da dificuldade que o QB sentiu para fazer andar a ofensiva frente à eficácia e pressão de Tampa Bay. A linha ofensiva de Seattle está a ser uma fragilidade. Wilson não fica quieto e é rápido a encontrar uma solução. Mas nem sempre há oportunidade para isso. Continua a ser a defensiva o garante do sucesso desta equipa e essa não falhou frente aos Buccs, permitindo apenas catorze pontos. São a melhor defesa da liga no que respeita a pontos concedidos: uma média de dezassete por jogo.
Estes duelos com Carolina, desde que Wilson e Newton estão no comando dos respetivos ataques, tem sido abrilhantado pela extraordinária entrosamento entre os quarterbacks e os seus tight ends. Jimmy Graham é um jogador que se move muito nas formações o que dificulta bastante a vida à defesa dos Panthers, que faz zona. Seattle vai experimentar emparelhar o seu homem grande com safetys, cornerbacks e linebackers até encontrar a oposição mais fácil de quebrar.
Os Carolina Panthers estão no último lugar da NFC Sul – quatro vitórias e sete derrotas – e a temporada está praticamente fechada. Dizer que a época está a ser dececionante para a equipa de Ron Rivera é um eufemismo. Depois uma campanha tremenda que os levou ao Super Bowl esperava-se que o grupo mantivesse os níveis altíssimos a que nos tinha habituado. Carolina pode argumentar que foi vítima de uma calendário muito exigente, o que não deixa de ser verdade. Mas o problema maior é o do embalo, que esta temporada nunca existiu. Os Panthers nunca conseguiram engrenar naquela dinâmica de vitória que leva a que as equipas se superam e estejam prontas para todas as batalhas. Ao invés, sofreram algumas derrotas difíceis de engolir, como a de domingo passado.
Carolina conseguiu recuperar de uma desvantagem de 24-7 ao intervalo com um diferencial de 18-0 no terceiro período para acabar por perder a partida por três pontos de diferença (35-32). Cam Newton, Jonathan Stewart e Tedd Ginn fizeram o melhor possível e a defensiva subiu muito o nível na segunda parte, ajudando nessa recuperação impressionante. Mesmo sem Luke Kuechly em campo. A defesa será determinante para Carolina conseguir sair de Seattle com um triunfo. Terão que pressionar muito e rapidamente a vulnerável linha ofensiva de Seattle para tirar espaço de manobra a Wilson.
2016 * | Carolina Panthers | Seattle Seahawks | Bank of America Stadium | 31-24 |
2015 | Seattle Seahawks | Carolina Panthers | CenturyLink Field | 27-23 |
2015 * | Seattle Seahawks | Carolina Panthers | CenturyLink Field | 31-17 |
2014 | Carolina Panthers | Seattle Seahawks | Bank of America Stadium | 9-13 |
O último confronto entre as duas equipas aconteceu nos play-offs, há dez meses. Esperava-se um embate equilibrado e renhido mas a entrada de Carolina foi avassaladora. Greg Olson foi uma figura em destaque nesse duelo.