Santos Laguna – LA Galaxy (Liga dos Campeões da CONCACAF)
Apesar do conjunto mexicano estar longe de ser uma equipa em bom momento de forma, o facto do LA Galaxy ter disputado o seu primeiro encontro da época na primeira mão acabou por pagar um preço alto nesta eliminatória. Aquilo que se viu foi um Santos Laguna mais capaz de ter a bola, fruto também de um maior acerto no passe, ainda que tenham sido os homens de Los Angeles a rematar mais vezes à baliza adversária. Acabou por ser um jogo de guarda-redes, com Augusto Marchesín a brilhar na baliza mexicana, mas Dan Kennedy a demonstrar, também, muita solidez no momento de assegurar a impenetrabilidade das suas redes.
Agora, no México, o foco estará na equipa que conseguir, primeiro, acabar com a seca de golos da eliminatória. E a verdade é que há muito potencial de um e outro lado, em termos ofensivos. O Santos Laguna procura, por sua parte, ultrapassar o facto de em cinco jogos disputados em fevereiro não ter vencido nenhum, enquanto os Galaxy querem iniciar esta época com a clara marca dos vencedores.
O ambiente na equipa do Santos Laguna tem estado pesado, tendo em conta a incapacidade da equipa para demonstrar maior capacidade de dominação, sobretudo na Liga MX. Num mês de fevereiro marcado pela derrota com o América, à qual se seguiu nova derrota com o Monterrey, a equipa do Santos entrou numa série de empates com o Pumas, os LA Galaxy e, finalmente, o Puebla. O nono lugar na Liga não demonstra o real valor de um plantel que ambiciona sempre por posições mais altas. Depois de no jogo da primeira mão o técnico Luis Zubeldia ter dado descanso a algumas das suas figuras, como é o caso do caboverdiano Djaniny, tudo indica que agora se apresente na máxima força para chegar ao golo. Marcar primeiro e saber gerir a vantagem será instrumental para o sucesso e apuramento para as meias-finais.
Onze Provável: Marchesín – Abella, Izquierdoz, Araujo, Villafaña – Molina, De Buen – Djaniny, Calderón, Rabello – Orozco.
Os primeiros sinais deixados pelos LA Galaxy na presente temporada são bastante positivos, tendo em conta que estamos a falar de uma equipa que sofreu várias alterações. Curioso, no entanto, registar que para o técnico Bruce Arena, o onze parece estar muito bem definido. Pelo menos é isso que tem vindo a indicar com a arrumação dos jogadores transferidos em campo, entendendo-se a mudança de Rogers para o corredor direito da defesa, assumindo assim a titularidade de Cole na esquerda, mas, sobretudo, a opção de Boateng em detrimento de Lletget, que se transformará, confirmando-se esta tendência, num suplente de luxo. Partindo do que é, na aparência, um 4-4-2, Bruce Arena trabalha muito bem as características de Zardes, que surge muitas vezes na área, e Giovani dos Santos, que beneficia de liberdade por toda a frente de ataque. Assim, é normal vermos Robbie Keane como o elemento mais adiantado em relação ao que se transforma numa linha de quatro jogadores, quase todos eles muito móveis – Gerrard será o elemento mais previsível nas suas movimentações. Estando ainda a olear a presença de Boateng nesta estrutura, Bruce Arena sabe que este é o momento para se afirmar – e nada resulta melhor para os norte-americanos do que uma vitória em solo mexicano…
Onze Provável: Kennedy – Rogers, DeLaGarza, Van Damme, Cole – Zardes, De Jong, Gerrard, Boateng – Giovani dos Santos, Robbie Keane.
O único jogo oficial disputado entre as duas equipas foi o da passada semana, registando-se um empate a zero. Agora, será a estreia deste duelo em terras mexicanas. Com a experiência que os seus jogadores têm, o Galaxy não se irá encolher perante o ambiente caseiro do Santos Laguna, que terá que demonstrar maior apetência ofensiva para conseguir marcar. Um encontro a revelar-se bem difícil de antever, pela qualidade e equilíbrio entre os dois plantéis.