Roger Federer – Kei Nishikori (World Tour Finals)
Último jogo da fase de grupos para estes dois, com Roger Federer já apurado para a semifinal. Na terça-feira o suíço brilhou ao bater o número um mundial, interrompendo uma série de vinte e três vitórias consecutivas de Djokovic. Nishikori conseguiu o primeiro triunfo desta edição das World Tour Finals, derrotando Tomas Berdych numa partida que foi bem para além das duas horas de duração.
Ao somar a segunda vitória no grupo Stan Smith Roger Federer carimbou desde logo a passagem à fase seguinte da competição. No domingo o suíço de trinta e quatro anos tinha ultrapassado Tomas Berdych em sets diretos (6-4, 6-2) e dois dias depois fez o mesmo ao número um mundial. Roger trouxe para a O2 Arena o seu melhor nível para conseguir manter o registo de confrontos com Novak Djokovic a pender para o seu lado (vinte e duas vitórias contra vinte e uma do sérvio). No final do encontro falou-se de que Nole teria estado desconfortável, cometendo erros pouco habituais. Mas ninguém que tenha assistido as ténis estratosférico que se viu na noite de terça em Londres pode achar que Djokovic entregou a partida. Referiu-se o facto de Federer ter estrategicamente variado bastante as suas pancadas, mantendo o adversário sempre na expetativa, mas esse é o jogo do suíço, e não é de agora.
Como a estatística demonstra, nos duelos entre ambos as hipóteses serão sempre repartidas e são jogadores que se conhecem muito bem. Nesta temporada Novak teria que ser considerado favorito e ainda acredito que se chegar à final ele será o provável vencedor. Mas Federer preparou-se bem que interromper o quase imparável sérvio, que levava vinte e três partidas consecutivas imbatível. A derrota anterior tinha sido também frente ao suíço, na final de Cincinnati.
Pelo segundo ano seguido Kei Nishikori termina o ano entre os oito tenistas mais cotados do circuito. E se no ano da estreia havia quem duvidasse se seria para se manter, essas dúvidas estão desfeitas.
O primeiro confronto em Londres pô-lo frente a frente com o líder do ranking e Kei não conseguiu fazer muito. Conquistou apenas dois jogos, numa partida “limpinha” para Novak Djokovic (6-1, 6-1). Mas na segunda ronda fez aquilo a que nos habituou: lutou muito e até ao fim. Tomas Berdych ainda reagiu à perda do set de abertura, mas foi sol de pouca dura (7-5, 3-6, 6-3). O primeiro parcial foi o mais equilibrado, o japonês dispôs de várias ocasiões para quebrar o serviço do checo mas só no 6-5 é que Berdych não conseguiu evitar o break. Nishikori entrou forte no segundo parcial mas Berdych sabia que era então ou nunca, conseguiu duas quebras de serviço e depois geriu a vantagem. Mas no terceiro parcial, no momento decisivo, quando o checo ameaçou avançar para um break à maior Nishikori passou abertamente ao ataque.
O japonês ainda tem hipóteses de passar às meias-finais, mas para isso teria que bater Federer e esperar que Djokovic sofresse mais uma derrota. A primeira parte até se pode verificar, beneficiando de alguma descompressão do suíço, que já está apurado. Mas a conjugação de resultados é altamente improvável.
2014 | World Tour Finals | Federer | 2 | 6 | 6 | |||||
Nishikori | 0 | 3 | 2 | |||||||
2014 | Halle | Federer | 2 | 6 | 7 | SF | ||||
Nishikori | 0 | 3 | 6 | |||||||
2014 | Masters de Miami | Nishikori | 2 | 3 | 7 | 6 | QF | |||
Federer | 1 | 6 | 5 | 4 | ||||||
2013 | Masters de Madrid | Nishikori | 2 | 6 | 1 | 6 | R16 | |||
Federer | 1 | 4 | 6 | 2 | ||||||
2011 | Basileia | Federer | 2 | 6 | 6 | F | ||||
Nishikori | 0 | 1 | 3 |
Federer venceu três dos cinco confrontos com Nishikori e a última vez que os dois se cruzaram em court foi mesmo nas World Tour Finals do ano passado, com vitória em dois sets por parte do suíço. Sempre que foram a um terceiro parcial foi o nipónico a levar a melhor.