Salzburgo – Nápoles (Liga dos Campões)
Determinado em surpreender a Europa do futebol, o Red Bull Salzburgo quer contrariar o favoritismo de Nápoles e Liverpool na luta pelo acesso aos oitavos de final da competição. Esta quarta-feira (23), há duelo com a equipa transalpina.
Vencedor das últimas seis edições do campeonato austríaco, o Red Bull Salzburgo quer extrapolar os êxitos internos para o contexto europeu. O emblema que é propriedade da marca de bebidas energéticas esteve em grande destaque nas duas primeiras jornadas da fase de grupos da Liga dos Campeões, ao vencer o Genk por seis bolas a duas, números que são tudo menos “de Champions”, e sucumbir somente por quatro bolas a três na visita a Anfield para defrontar o campeão europeu Liverpool. Não são todas as equipas que marcam seis golos num jogo de Liga dos Campeões, assim como não é todos os dias que o Liverpool de Klopp sofre três golos, ainda para mais a jogar em casa, situações que nos levam a abordar a grande capacidade desta equipa do ponto de vista ofensivo. Os números do Salzburgo no campeonato austríaco (ainda que o nível não seja sequer comparável ao das principais ligas europeias) são estratosféricos – 47 (!) golos marcados em 11 jogos. O principal responsável é o jovem avançado Braut Haland, autor de 11 desses golos que marcou por três vezes ao Genk e uma ante o Liverpool.
Antes da receção ao Nápoles, o Salzburgo foi ao reduto do Sturm Graz empatar a uma bola. Jesse Marsch poupou algumas das principais unidades, retirando inclusive Haland e Szoboszlai do jogo numa altura em que a sua equipa até estava em desvantagem no marcador. Alexander Walke e Antoine Bernede são as únicas duas baixas, ambas por lesão.
Onze provável: Stankovic, Kristensen, Onguéné, Ramalho, Ulmer, Junuzovic, Mwepu, Minamino, Szoboszlai, Hee-Chan, Haaland
Na temporada passada, o Nápoles despediu-se da Liga dos Campeões de forma precoce ao perder a vaga na próxima fase para os “gigantes” Liverpool e PSG. Um ano depois, quis o destino que os “Reds” voltassem a sair em sorte aos italianos, sendo que, desta feita, o grau de favoritismo do Nápoles é bem superior, ainda que se preveja nova luta a três pelo acesso à próxima fase.
À entrada para esta terceira jornada, o Nápoles é líder do grupo E. Na jornada inaugural, impôs-se em casa ao campeão europeu Liverpool por duas bolas a zero. Já na segunda jornada, não foi capaz de alcançar mais que um ponto na visita ao reduto do Genk, emblema que à partida não conseguirá envolver-se na luta pelo acesso à próxima fase da competição. Esta quarta-feira (23), chegou a vez de o Nápoles medir forças com aquele que é o terceiro grande candidato ao acesso à próxima fase, nada mais nada menos que o Red Bull Salzburgo.
Sem golos sofridos até então após defrontar duas equipas munidas de boas armas no ataque, o Nápoles sabe que terá um grande teste à capacidade do seu sector mais recuado nesta partida. De resto, as principais melhorias na transição da era Sarri para Ancelotti prendem-se precisamente com a componente defensiva. O Nápoles deixou de ser tão entusiasmante quanto na era Sarri, é um facto, mas tornou-se uma equipa mais consistente em termos defensivos, derivado da abordagem mais cautelosa ao jogo. Os homens do San Paolo não sofrem golos há 270 minutos e consentiram apenas um tento nos últimos cinco desafios. No mais recente compromisso, receberam e venceram o Hellas Verona por duas bolas a zero, encontro em que, após o 2-0, a equipa se limitou a gerir o encontro, já com a visita à Áustria em mente.
Mário Rui, Nikola Maksimovic e Elseid Hysaj são baixas confirmadas no Nápoles que deverá apresentar-se em 1x4x4x2, com Mertens e Milik no ataque.
Onze provável: Meret, Malcuit, Manolas, Koulibaly, Lorenzo, Ruiz, Allan, Callejón, Insigne, Mertens, Milik
O Salzburgo fez nove golos nos dois primeiros jogos nesta fase de grupos da Liga dos Campeões, o que corresponde a um registo impressionante, mas o Nápoles ainda não sofreu qualquer golo e esforçar-se-á por manter a organização em termos defensivos. Tendo em conta que o perigo deverá rondar as duas balizas de forma constante, optamos por um mercado de cantos.
