Rafael Nadal – Stan Wawrinka (ATP Masters Monte Carlo)
Esta sexta-feira Wawrinka e Nadal lutam entre si por um lugar da semifinal do Masters de Monte Carlo, o primeiro torneio da temporada europeia de terra batida. Com Djokovic fora de prova o título fica completamente em aberto e qualquer um dos dois adoraria juntar mais um troféu ao respetivo palmarés. O espanhol teve em Thiem um adversário complicado para chegar aqui, já o suíço ultrapassou Simon com mais facilidade do que se poderia supor à partida.
Rafael Nadal teve que fazer um bom jogo para levar a melhor sobre Dominic Thiem (7-5, 6-3). O austríaco de vinte e dois anos tinha batido o número cinco mundial em terra batida há apenas dois meses, na meia-final de Buenos Aires (6-4, 4-6, 7-6). Não só Rafa aprendeu com os erros como parece estar muito mais pacificado em court. Ainda assim, foi um encontro muito duro para o espanhol que defendeu quinze de dezasseis pontos de break só no primeiro parcial. Para se ter uma ideia, esse primeiro set demorou tanto quando a partida inteira entre Gilles Simon e Stan Wawrinka. Nadal sentiu dificuldades em fechar os seus jogos de serviço frente e Thiem mas o austríaco acabou por desperdiçar demasiadas oportunidades para quebrar o espanhol. O segundo parcial começou também com um break de Thiem, cedo, mas Nadal manteve-se concentrado, a responder muito bem e fez o contrabreak quase de seguida.
Entre 2005 e 2012 Rafa Nadal sagrou-se campeão em Monte Carlo por oito vezes, consecutivas. No ano passado o espanhol foi semifinalista, tendo sido empurrado para fora pelo número um mundial, Novak Djokovic, por duplo 6-3. O anterior rei da terra batida parece estar a subir de forma, relativamente ao que vimos no arranque de 2016 e semifinal de Indian Wells, mais uma vez frente ao sérvio (7-6, 6-2), deu bastante mais luta do que no primeiro duelo da temporada que os dois protagonizaram, na final do ATP de Doha (6-1, 6-2). Esta é a sua superfície, aquela em que se sente em casa, e sem Djokovic na corrida abre-se um espaço para outros candidatos. O teste que passou frente a Thiem foi importante para fortalecer a confiança. Mas o compromisso de amanhã vai subir ainda mais a parada.
Stan Wawrinka começou frente a sua participação no torneio de Monte-Carlo frente a Philipp Kohlschreiber. Apesar de ter vencido (7-6, 7-5) o encontro notaram-se bastante as tentativas constantes do suíço para se adaptar ao ténis em terra batida. Breaks para um lado e para o outro, oscilações de rendimento, tudo coisas naturais naquela que foi a primeira partida do ano nesta superfície para o número quatro do Ranking ATP. Na ronda seguinte as coisas encaixaram muito melhor no jogo de Wawrinka, desde o primeiro instante. O suíço falou na exigência e rédea curta que deu a si mesmo dite de Gilles Simon (6-1, 6-2). Manter a disciplina tática e ter muita paciência foram os mantras que repetiu interiormente e o certo que que teve uma prestação de alto nível, muito compenetrada. Como sabemos, é o descontrole emocional que por vezes o deita a perder. Stan será um dos homens mais motivado pela ausência de Djokovic, vislumbrando assim a possibilidade de um segundo título de carreira na terra batida do Mónaco. O suíço venceu aqui em 2014, batendo na final o compatriota Roger Federer (4-6, 7-6, 6-2). No ano passado não foi além dos oitavos de final, afastado por Grigor Dimitrov (6-1, 6-2).
Wawrinka já conquistou dois torneios em 2016. Em Chennai venceu Borna Coric (6-3, 7-5) e no Dubai bateu Baghdatis, também em sets diretos (6-4, 7-6).
2015 | Finais do World Tour | Nadal | 2 | 6 | 6 | |||||
Wawrinka | 0 | 3 | 2 | |||||||
2015 | Masters de Paris | Wawrinka | 2 | 7 | 7 | QF | ||||
Nadal | 0 | 6 | 6 | |||||||
2015 | Masters de Shanghai | Nadal | 2 | 6 | 6 | QF | ||||
Wawrinka | 0 | 2 | 1 | |||||||
2015 | Masters de Roma | Wawrinka | 2 | 7 | 6 | QF | ||||
Nadal | 0 | 6 | 2 |
Nadal ainda tem uma vantagem considerável nos confrontos com Wawrinka (15-3) mas nos desde a vitória do suíço na final do Open da Austrália de 2013 os triunfos têm sido alternados.