Radek Stepanek – Ernests Gulbis (ATP – Roland Garros)
O veterano Radek Stepanek está a um encontro de igualar a sua melhor prestação de sempre em Roland Garros, que aconteceu nos idos de 2008. Mas não será tarefa fácil. Para isso terá que derrotar o segundo jogador do Top-20 no espaço de dois dias, o lituano Ernests Gulbis, um tenista que o checo ainda não foi capaz de vencer. Entre os dois há também dez anos de diferença, o que, em jogos à melhor de cinco, pode começar a pesar no resultado final.
Em Monte Carlo, o checo de trinta e cinco anos ainda resistiu até à segunda ronda, superando o gigante Ivan Karlovic, com os parciais de 6-1 e 6-2. Mas depois encontrou Roger Federer, que já o tinha afastado do Torneio do Dubai, e não sobreviveu, mais uma vez, ao ténis do suíço (6-1, 6-2). As provas espanholas não lhe correram bem, tanto na Catalunha como em Madrid, Stepanek limitou-se à primeira partida, derrotado pelo austríaco Dominic Thiem (6-4, 6-4) e pelo sul-africano Kevin Anderson (3-6, 6-3, 6-4). No último Masters 1000 antes de viajar para Paris, o checo começou por levar de vencido outro veterano do circuito, Pablo Andujar, em três sets (5-7, 6-3, 6-4). Depois, o nível subiu consideravelmente. Mesmo estando a regressar de um período de inatividade, por lesão, Novak Djokovic continua a ter argumentos de sobra para anular Radek Stepanek (6-3, 7-5). Roland Garros tem dado muito trabalho ao quadragésimo terceiro tenista do ranking. O seu encontro inaugural em Paris, esta temporada, diante do argentino Facundo Arguello, obrigou a cinco sets, começando logo por um tie-break no primeiro parcial, que o checo perdeu e do qual teve que recuperar (6-7, 3-6, 6-4, 6-3, 6-2). Na ronda seguinte, Stepanek, que compete pela décima primeira vez no Grand Slam de Paris, teve uma prestação memorável diante de Mikhail Youzhny, n.º 15 mundial, como se comprova pelos sete ases e quarenta winners (6-0, 6-3, 3-6, 6-4).
Ernest Gulbis é, neste momento, o décimo sétimo tenista mais cotado do ranking. Aos vinte e cinco anos, está a ter uma boa temporada, com vinte e nove vitórias e dez desaires. Em 2014, o lituano conquistou dois mais dois títulos de carreira, marcando ainda presenças em quatro quartos-de-final e duas semifinais. Curiosamente, Gulbis tem um recorde perfeito em finais de torneios ATP: venceu as seis a que que chegou. Logo a abrir a temporada, chegou aos quartos de Doha, onde caiu às mãos do líder mundial, Rafa Nadal (7-5, 6-4). No primeiro Major do ano não foi além da segunda ronda, eliminado pelo americano Sam Querry. Seguiu-se Roterdão, onde derrotou Istomin, Dimitrov e Del Potro antes de ser afastado por Tomas Berdych (6-3, 6-2). Marselha trouxe-lhe a primeira final e o primeiro troféu da época. Para isso teve que o vencedor da edição anterior, Richard Gasquet, nas meias-finais (6-3, 6-2) e Jo-Wilfried Tsonga, no derradeiro encontro (7-6, 6-4). Seguiram-se dois quartos-de-final consecutivos, em Acapulco e Indian Wells. OS carrascos foram Grigor Dimitrov (4-6, 7-6, 7-5) e John Isner (7-6, 7-6), respetivamente. Nos dois torneios seguintes – Miami e Monte Carlo – não foi tão feliz, afastado que foi à primeira prestação. Talvez Ernests Gulbis estivesse a precisar desse abanão, a verdade é que desde aí tem mantido boas prestações. Apesar de assumir que prefere os pisos sintéticos, a terra batida não lhe tem assentado nada mal. Em Barcelona seguiu sempre até encontrar os japonês Kei Nishikori, numa rotação mais elevada, já na semifinal (6-2, 6-4). Na capital espanhola teve que ultrapassar adversários complicados como Dolgopolov e e Cilic para estar nos quartos. Mas uma vez lá chegado não teve capacidade para contrariar David Ferrer. O mesmo que, na semana seguinte, o haveria de afastar do Masters de Roma (6-2, 6-3). Gulbis chegou a França com o seu sexto título conquistado de fresco, em Nice, frente a Delbonis. A confiança ajudou para levar de vencido primeiro adversário do Roland Garros, Lukasz Kubot. Depois de perder o primeiro set, recuperou no segundo e teve que decidir o terceiro em tie-break (4-6, 6-4, 7-5, 6-1). Na segunda ronda teve tarefa mais simples, ao derrotar o argentino Facundo Bagnis pelos parciais de 6-2, 7-5 e 6-0.
Stepanek e Gulbis defrontaram-se por três vezes, em todas a vitória sorriu ao tenista mais jovem. O confronto mais recente aconteceu em 2013, em Barcelona, na ronda de estreia (7-6, 6-2). Antes cruzaram raquetes em Memphis (7-6, 7-5) e Tóquio (6-4, 6-4).
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