PSG – Saint-Étienne (Taça de França)

A Ligue 1 foi a única das principais ligas europeias não retomada após a interrupção generalizada motivada pela pandemia COVID-19. O início da temporada 2020/21 está agendado para dia 21 de agosto, mas antes, disputar-se-ão as finais das duas taças domésticas, ambas com o PSG envolvido. Esta sexta-feira (24), PSG e Saint-Étienne vão discutir a decisão da Taça de França.

Análise PSG

Declarado campeão gaulês, título que ergueu pela quarta vez consecutiva, o PSG centra atenções na disputa das finais das duas taças domésticas antes de se focar na discussão da Liga dos Campeões, prova de clubes mais importante do continente. Esta sexta-feira (24), o conjunto treinado por Thomas Tuchel aponta à conquista da Taça de França, título que na época passada perdeu para o Rennes.

O PSG não entra em campo a título oficial desde o dia 10 de março, data marcada pela vitória por duas bolas a zero frente ao Borussia Dortmund no Parc des Princes que valeu o acesso aos “quartos” da Liga dos Campeões. O regresso aos treinos aconteceu há cerca de um mês, na reta final do mês de junho, e os últimos dias têm sido aproveitados pela equipa parisiense para a disputa dos primeiros encontros de preparação. A 12 de julho, o PSG cumpriu o primeiro encontro de preparação para a nova época e bateu o Le Havre da Ligue 2 sem apelo nem agravo por nove bolas a zero. Volvidos três dias, em mais um encontro de preparação, na ocasião frente ao Waasland-Beveren, o PSG voltou a golear, na ocasião por sete tentos sem resposta. O derradeiro ensaio antes deste embate com o Saint-Étienne também culminou com goleada, na ocasião por quatro bolas a zero frente aos escoceses do Celtic. Mbappé, Neymar, Ander Herrera e Sarabia foram os autores dos quatro tentos no encontro disputado somente três dias antes desta final – Thomas Tuchel teve o cuidado de gerir o esforço da equipa sob suas ordens, optando por substituir o onze presumivelmente titular na íntegra ao intervalo. 20 golos marcados em três jogos, zero sofridos e a certeza de que os dianteiros da formação da capital gaulesa estão de “mira afinada” na antecâmara do embate com o Saint-Étienne.

Onze provável: Navas, Kehrer, Marquinhos, Kimpembe, Kurzawa, Gueye, Verratti, Di María, Neymar, Mbappé, Icardi

Análise Saint-Étienne

O Saint-Étienne quer contrariar o favoritismo do PSG e quebrar um jejum que dura há 43 anos: desde 1977 que não conquista uma edição da Taça de França. Aquando da interrupção da Ligue 1, a equipa que na atual temporada está sob alçada de Claude Puel ocupava o 17º posto da pauta classificativa, apenas três pontos acima da linha de perigo. Apesar da campanha menos conseguida no campeonato, os “Verts” conseguiram encetar uma interessante campanha na Taça: começaram por eliminar o Bastia-Borgo (0-3), na eliminatória seguinte impuseram-se ao Paris FC (2-3) e ainda ultrapassou Mónaco (0-1), Epinal (1-2) e Rennes (2-1). O Saint-Étienne não entra em cena desde dia 8 de março, data marcada pelo empate a uma bola com o Bordéus. No ciclo de preparação para esta decisão, o Saint-Étienne mediu forças com o Anderlecht por duas vezes e perdeu em ambas as ocasiões, denotando problemas no ataque – aquando da interrupção da Ligue 1, o Saint-Étienne apresentava um dos piores registos ofensivos da competição com 29 golos marcados em 28 desafios.

A formação orientada por Claude Puel entra em cena com estatuto de “outsider”, embora a um só jogo, tudo possa acontecer. Os sinais dados nos mais recentes desafios não dão margem para grande otimismo, embora nesta final, em contexto de decisão, é certo que a equipa se transcenderá. Só o melhor Saint-Étienne da temporada poderá competir com este PSG que, mesmo depois da paragem, tem estado em grande.

Onze provável: Moulin, Debuchy, Perrin, Moukoudi, Kolodziejczak, M’Vila, Camara, Boudebouz, Khazri, Bouanga, Abi

Dica de Prognóstico

PSG e Saint-Étienne já se defrontaram duas vezes na presente época, uma para o campeonato, outra em contexto de Taça da Liga. A vitória sorriu ao PSG em ambas as ocasiões e d forma expressiva, dado que os parisienses venceram um dos duelos por quatro bolas a zero e outro por seis a um. O favoritismo volta a estar todo do lado de Neymar e companhia, até porque os avançados do PSG têm estado de “mira afinada”, mesmo diante de equipas teoricamente mais fracas.