Pittsburgh Steelers – New England Patriots (NFL)

Esta quinta-feira o futebol americano volta às nossas dietas, depois de cinco meses de jejum. Os campeões do Super Bowl, sempre envoltos em polémica, recebem os Pittsburgh Steelers para uma noite em grande. Tudo aquilo que conhecemos da equipa de New England nos diz que vai entrar em campo com uma atitude “nós contra o mundo”, determinada a calar desde o primeiro minuto os que os acusam de batota. E é quando eles são mais perigosos. As duas equipas passaram por grandes mudanças no plantel, particularmente na secundária.

A temporada passada foi mais uma edição daquilo a que os Pittsburgh Steelers nos habituaram. A equipa de Mike Tomlin venceu a AFC Norte mas caiu no primeiro jogo dos play-offs, frente aos Baltimore Ravens (11-6). Conseguiram um registo de onze vitórias e cinco derrotas mas, mais uma vez, não foram capazes de se superar na fase decisiva da temporada. O grande problema dos Steelers em 2014 foi a defesa e o treinador principal sacrificou o bode expiatório esperado. O guru dos sistemas defensivos, Dick LeBeau, considerado ultrapassado, leia-se velho, foi convidado a abraçar a reforma. A equipa tem agora um novo coordenador defensivo, Keith Butler. Mas, por aquilo que se viu nos jogos da pré-temporada, este setor deve continuar a ser o elo mais fraco que vai comprometer as aspirações dos Steelers. Se antes os elementos centrais eram jogadores veteranos, conhecedores e manhosos mas duros de rins, agora passamos a ter protagonistas ainda não experimentados. Butler apostou em dois rookies – Senquez Golson e Doran Grant, escolhas da segunda e quarta ronda, respetivamente – e o primeiro deve falhar o resto da temporada devido a uma intervenção cirúrgica ao ombro.

Os Steelers têm no quarterback Ben Roethlisberger o seu maior ativo. Big Bem, se se mantiver saudável, é um grande conhecedor do jogo, sempre capaz de sair de um situação difícil com uma solução inesperada. Infelizmente para ele, e para a equipa, duas das suas melhores armas não vão estar disponíveis no arranque da Liga. Martavius Bryant viu o seu castigo de quatro jogos de suspensão confirmado há dias, depois de vários testes positivos para a utilização de marijuana. LeVeon Bell cumpre dois por motivo semelhante. Felizmente, Antonio Brown está a cem por cento.

Os New England Patriots são a equipa mais odiada da NFL. Não digo que a equipa não dê amplos motivos para isso – começando por ganhar com frequência e terminando em alegados casos para ganhar vantagem sobre os adversários – mas essa sanha contra é algo que a torna mais forte. Por aquilo que conhecemos dos Pats eles vão fazer uma temporada de “nós contra o mundo”, para calar de uma vez os detratores e provar, mais uma vez, que são uma potência nesta Liga. O “Deflategate” acabou murcho, com Goodell a ser desautorizado por um tribunal federal e o castigo a Tom Brady anulado. Para os críticos a mancha fica lá e nunca será esquecida mas os Patriots vivem bem com isso. O seu quarterback titular vai poder alinhar no jogo um e isso é que importa. Como habitualmente acontece nestas coisas, o campeão do Super Bowl deixou sair alguns elementos free agent neste defeso. Os nomes de Darrell Revis e Brandon Browner ganham destaque nessas saídas porque implicam uma reformulação da secundária de New England. Bill Belichick tem fama de ter olho para os talentos e saber pô-los a render muito rapidamente, veremos se, mais uma vez, troca as peças mas a máquina continua a funcionar sem sobressaltos.

Pittsburgh Steelers		New England Patriots	27	41
Pittsburgh Steelers		New England Patriots	20	23
Pittsburgh Steelers	em	New England Patriots	13	34
Pittsburgh Steelers	em	New England Patriots	33	10
Pittsburgh Steelers		New England Patriots	26	39
Pittsburgh Steelers		New England Patriots	25	17
Pittsburgh Steelers	em	New England Patriots	31	55

Os Steelers lideram o registo de confrontos – quinze contra doze – mas na última década os Patriots têm recuperado andamento, vencendo cinco dos sete embates.