Panathinaikos – Ajax (Liga Europa)
Nada melhor que uma visita à Grécia para o Ajax esquecer a desilusão com o falhanço no play-off da Liga Milionária. O histórico não é recente mas o clube holandês venceu a sua primeira Taça dos Campeões Europeus batendo na final o Panathinaikos. O Grupo G da Liga Europa promete ser um dos mais equilibrados da presente edição. Cada ponto conta.
Se há coisa de que não podemos acusar o Panathinaikos é de falta de consistência. Longe dos seus tempos áureos nos futebol europeu, na última meia-dúzia de anos os gregos tem garantido participações na fase de grupos da Liga Europa temporada sim, temporada não. Estamos em época sim.
Para chegar aqui os homens de Atenas tiveram que deixar para trás o AIK da Suécia (1-0, 0-2), na terceira pré-eliminatória, e os dinamarqueses do Brondby (3-0, 1-1), no play-off.
Andrea Stamaccioni levou o Panathinaikos ao terceiro lugar na Liga Grega e tem mantido uma equipa organizada, o que leva a pensar que desta vez pode ambicionar a ir um passo à frente. De facto, o Grupo G é um dos mais equilibrados desta edição da Liga Europa. Celta de Vigo, Panathinaikos, Ajax de Amesterdão e Standard de Liége são tudo clubes com alguma experiência nas andanças europeias, nenhum deles no seu momento mais alto. Num dia bom, o resultado destes duelos é bastante imprevisível e o mesmo se aplica para as classificações finais. Cada ponto, cedido ou conquistado, pode fazer a diferença nas contas finais portanto convém agarrar o máximo desde a primeira jornada.
Onze provável: Steele – Koutroubis, Ivanov, Moledo – Mesto, Zeca, Ledesma, Hult – Ibarbo, Berg, Mubarak.
Depois de épocas consecutivas a competir na Liga dos Campeões, nas últimas duas o Ajax não teve sucesso nas pré-eliminatórias da competição de elite. À semelhança do que aconteceu na temporada passada, resta o prémio de consolação que é a participação na fase de grupos da Liga Europa. Diga-se de passagem, este é o campeonato do emblema holandês, de momento. É claro que os milhões da Champions são por demais sedutores mas o facto é que enquanto participante na prova de elite o Ajax estava condenado a lutar pelo terceiro lugar no respetivo grupo para se manter a competir a nível europeu, no escalão abaixo. Na Liga Europa, as possibilidades serão maiores, se não cair vítima da frustração de não ter conseguido vaga na competição de topo.
Desta feita o carrasco foi o Rostov, que afastou o conjunto treinado por Peter Bosz do play-off de acesso à Liaga dos Campeões. Depois de garantirem um empate em Amsterdão, os russos venceram a segunda mão de forma contundente (1-1, 4-1).
Os primeiros sinais de reação a esse desaire foram bastante positivos. A equipa venceu as duas jornadas seguintes da Eredivisie, frente ao Go Ahead Eagles (0-3) e ao Vitesse (1-0). Ocupa nesta altura o terceiro posto na tabela do campeonato holandês, com dez pontos (3V/ 1E/ 1D).
Bosz perdeu Cillessen para o Barcelona, tendo a baliza ficado entregue ao camaronês André Onana.
Onze provável: Onana – Veltman, Sanchéz, Riedway, Dijks – Gudelj, Bazoer – El-Ghazi, Klaassen, Younes – Traoré.
Panathinaikos
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0-3 |
LC 1995/96
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Ajax
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0-1 |
Panathinaikos
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LC 1995/96
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Ajax
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2-0 |
Panathinaikos
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TCE 1970/71
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Panathinaikos e Ajax só se defrontaram por três vezes antes, as últimas já lá vão vinte anos, mas o clube holandês tem excelentes memórias destes embates. A equipa de Amsterdão conquistou o primeiro dos quatro troféus europeus do seu palmarés frente aos atenienses. A final da Taça dos Campeões Europeus de 71 teve lugar no mítico Wembley, o original, e o Ajax venceu por duas bolas a zero. Vinte e cinco anos mais tarde os dois emblemas cruzavam de novo caminhos, desta feita na semifinal da Liga dos Campeões. Seriam os holandeses a chegar à final, perdida para a Juventus nas grandes penalidades. Nesta equipa, treinada por Van Gaal, alinhavam Van der Sar, os irmãos De Boer, o atual selecionador holandês, Danny Blind e Edgar Davids.