Países Baixos – África do Sul (Mundial 2023)
Os “oitavos” do Mundial 2023 passam pelo Sydney Football Stadium, palco designado para o embate entre as seleções de Países Baixos e África do Sul.
Análise Países Baixos
Quatro anos depois de ter perdido a final do Mundial 2019 para a seleção dos Estados Unidos, a formação neerlandesa orquestrou uma “pequena vingança” ao terminar na primeira posição do Grupo E deste Mundial 2023, precisamente à frente das norte-americanas. Ainda que não seja “regra”, neste caso, terminar na liderança do grupo foi efetivamente importante, já que o “cruzamento” foi (em teoria) mais simpático para a seleção dos Países Baixos que enfrentará a África do Sul em detrimento da Suécia.
O percurso neerlandês no Mundial 2023 começou com uma vitória frente à estreante seleção portuguesa por uma bola a zero, cortesia de um golo de Stefanie van der Gragt, jogadora que aproveitou a desatenção “lusa” da melhor forma e chegou ao golo na sequência de um pontapé de canto. A segunda jornada da fase de grupos ditou uma reedição da final de 2019 e as neerlandesas até entraram em vantagem graças a um golo de Jil Roord, principal figura desta seleção na ausência de Miedema, mas as americanas chegaram ao empate por intermédio de Lindsey Horan e o marcador não sofreria mais alterações até final. Por fim, na derradeira ronda e sem surpresas, as eleitas de Andries Jonker golearam o Vietname por sete bolas a zero e beneficiaram do empate entre Estados Unidos e Portugal para se apurarem na primeira posição do Grupo E, preparando-se agora para medir forças com a África do Sul.
Ainda que não tenha apresentado o seu melhor futebol na fase de grupos e que esteja privada da sua maior figura, Vivianne Miedema, a seleção neerlandesa não deixa de ser uma forte candidata a chegar longe. Ainda que apresente algumas debilidades a nível defensivo que não foram tão expostas na fase de grupos, a realidade é que estamos a falar de uma equipa experiente, equilibrada, munida de jogadoras talentosas e fisicamente disponíveis.
Onze provável: Daphne van Domselaar, Stefanie van der Gragt, Dominique Bloodworth-Janssen, Sherida Spitse, Jill Roord, Victoria Pelova, Danielle van de Donk, Jackie Groenen, Katja Snoejis, Lieke Martens, Esmee Brugts
Análise África do Sul
Um ano depois de ter feito história ao conquistar a Taça das Nações Africanas pela primeira vez, a seleção sul-africana escreveu mais uma página do seu “Conto de Fadas” ao alcançar os “oitavos” deste Mundial 2023. As “Banyana Banyana” estão na fase final da prova pela segunda vez e, quatro anos depois de terem sido eliminadas sem qualquer ponto e apenas um golo marcado, a realidade é que estão no “mata-mata” e apuradas a partir de um grupo com um grau de dificuldade considerável.
As sul-africanas demonstraram “ao que vinham” logo no primeiro desafio: de forma totalmente inesperado, obrigaram a poderosa seleção sueca a suar para avançar, já que se colocaram em vantagem ao minuto 48 com um golo de Hildah Magaia e só viram a equipa nórdica apontar o golo que permitiu carimbar o acesso ao minuto 90, por intermédio de Amanda Ilestedt.
Ainda que sem pontos conquistados, o arranque apresentava uma equipa sul-africana bem mais competente que há quatro anos atrás e a segunda jornada veio confirmá-lo, ainda que as eleitas de Desiree Ellis tenham visto gorada a possibilidade de somarem os três pontos. Linda Motlhali e Kgatlana até colocaram a África do Sul a vencer por dois zero, mas os golos das argentinas Sophia Braun e Romina Núñez num espaço de cinco minutos (74’ e 79’) impediram o primeiro triunfo africano na fase final de um Campeonato do Mundo – esse, estaria reservada para a última jornada. Frente à seleção italiana, em dia de decisão, a África do Sul entrou a perder, deu a volta, permitiu que a “Squadra Azzurra” empatasse a sensivelmente 16 minutos do fim e foi já para lá dos 90 que chegou à vitória, cortesia de um golo apontado por Thembi Kgatlana que permitiu simultaneamente celebrar o histórico acesso aos “oitavos” de uma edição do Mundial. Agora, a ordem é par sonhar para uma seleção que procurará, essencialmente, socorrer-se da sua capacidade em termos atléticos.
Onze provável: Kaylin Swat, Noko Matlou, Bambanani Mbane, Lebohang Ramalepe, Bongeka Gamede, Linda Motlhalo, Robyn Moodaly, Karabo Dhlamini, Thembi Kgatlana, Jermaine Seoposenwe, Hildah Magaia
Dica de Prognóstico
A seleção neerlandesa, vice-campeã do mundo em título, tem todo o favoritismo do seu lado, bem como a responsabilidade. A seleção sul-africana procurará nivelar a partida e adiar ao máximo o golo neerlandês para tentar a surpresa, algo que naturalmente não se afigura fácil.
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