Pablo Carreño Busta – Nicolas Almagro (Estoril Open)
Esta sexta-feira, Carreño Busta e Almagro reeditam a final do ano passado do Estoril Open, nos quartos de final. Um dos dois não regressará ao jogo do título, o outro dará um passo em frente. Carreño bateu Tommy Robredo numa partida muito renhida. O campeão em título deixou por terra Gastão Elias, com uma exibição de encher o olho.
Pablo Carreño Busta deve estar a pensar que à terceira será de vez. Em 2015 foi à meia-final do Estoril Open – derrotado por Kyrgios (5-7, 7-6, 6-3) – e no ano passado foi finalista vencido por aquele que será o seu próximo adversário. Há um ano assistimos a uma partida de elevadíssimo nível, muito equilibrada, pelo menos até ao derradeiro set. O número vinte e um do ranking ATP conta já dezassete partidas disputadas em terra batida, esta temporada, tendo perdido apenas cinco. Mais do dobro do que Almagro já fez na superfície, este ano, o que pode dar algum ascendente.
Carreño Busta foi à final do ATP 500 do Rio de Janeiro, onde Dominic Thiem (7-5, 6-4) arrebatou o troféu. Foi a terceira vez que o espanhol de vinte e cinco anos esteve na iminência de conquistar o seu primeiro título em terra batida – além do Estoril e Rio foi à final no ATP de São Paulo, em 2015 – mas ainda não conseguiu fechar a coisa. Quase um mês depois chegava à meia-final do Masters 1000 de Indian Wells, mas não conseguiu resistir a Stan Wawrinka (6-3, 6-2) para ir mais longe.
Em Monte Carlo e Barcelona ficou-se pelos oitavos de final. No Masters foi afastado por Novak Djokovic (6-2, 4-6, 6-4) e na Catalunha, onde reside, não resistiu à vaga de sorte do japonês Sugita (6-3, 6-3).
A sua estreia no Clube de Ténis do Estoril foi diante de Tommy Robredo (7-6, 7-5) e o velho especialista na superfície fez-se caro para lhe dar passagem.
Nicolas Almagro não diz o número treze, por superstição, mas é essa a soma de títulos que lhe cabe no palmarés. Todos ganhos em terra batida, de longe o piso da sua preferência, o último dos quais no Estoril, há um ano. Toda a gente diz que o murciano de trinta e um anos é hoje um homem transformado pela paternidade. O nascimento do filho fez com que optasse por jogar menos torneios este ano mas Portugal era paragem obrigatória pelas boas recordações. Mais do que defender o título, o espanhol está gora preocupado em acrescentar feitos à carreira que já vai longa, para que mais tarde o filho se possa orgulhar. Mais descontraído, sim, mas simultaneamente mais determinado: foi o que se viu em court nestes dias. Na primeira ronda, Almagro teve que ultrapassar Benoit Paire e fê-lo com à vontade (6-3, 6-2). Gastão Elias foi o adversário da etapa seguinte mas o Mágico português só muito esporadicamente teve oportunidade para mostrar do que é capaz. O serviço de Almagro estava afinadíssimo e a resposta foi melhorando ao longo do encontro, pelo que deixava pouca margem para o português explorar. Sessenta e quatro minutos foram suficientes.
O Estoril Open é o primeiro torneio em pó de tijolo da época em que consegue ir além do segundo encontro. Em Monte Carlo foi afastado por David Goffin (7-5, 6-1); em Barcelona foi vítima de Alexander Zverev (7-6, 4-6, 6-4).
| 2016 | Estoril Open | Almagro | 2 | 6 | 7 | 6 | F |
| Carreno-Busta | 1 | 7 | 6 | 3 |
O único embate entre os dois foi a final do Millennium Estoril Open do ano passado.
