Pablo Carreño Busta – David Ferrer (Estoril Open)
Novo duelo entre espanhóis para abrilhantar a jornada de semifinais do Millennium Estoril Open. Pablo Carreño Busta vingou a derrota na final do ano passado, frente a Nicolas Almagro, mostrando que está focado a sair de Lisboa com o título. O veterano David Ferrer deu uma aula de ténis em terra batida ao norte-americano Ryan Harrisson e quem sabe nunca esquece.
Pablo Carreño Busta acaba de dar um passo importante no Estoril Open. Ao bater o campeão em título, vingando a derrota na final do ano passado, de forma autoritária, o vigésimo primeiro do ranking posiciona-se como favorito a vencer o torneio português, o que já vem tentando há três anos. Em 2015 caiu nas meias-finais, no confronto com Nick Kyrgios, e há doze meses foi vítima de Nico Almagro. E cá está ele outra vez.
O triunfo sobre Almagro (6-2, 6-4), esta sexta-feira, foi o vigésimo da época para Carreño e com ele alcança a quinta semifinal da temporada. A segunda em terra batida, depois de ter ido à final do Masters do Rio de Janeiro, que foi ganha por Dominic Thiem (7-5, 6-4).
O vento, que se fazia sentir com alguma intensidade no Clube de Ténis do Estoril, ajudou Pablo Carreño Busta na fase inicial do encontro. A jogar a favor tentou aproveitar o ensejo para prolongar os pontos esperando que as longas trocas de bola obrigassem almagro a forçar a mão, o que acabaria por dar asneira. Foi uma estratégia que deu frutos. Nico andou à procura de uma solução mas essa busca durou para lá do primeiro parcial. A certa altura, Carreño até se deu ao luxo de arriscar um pouco na colocação das pancadas nas linhas, tal era o ascendente que sentia ter sobre o adversário. Entretanto, Almagro conseguiu reagir e depois de ter estado a perder o segundo set por 3-1 acabou por igualá-lo a 4-4. No jogo seguinte Carreño forçou nova quebra de serviço. O facto é que o tenista mais jovem nunca perdeu o comando do encontro e quando foi necessário apertar para fechar não hesitou.
David Ferrer já não tem vinte e cinco anos e o seu estilo de jogo, muito intenso e físico, torna-se cada vez mais difícil de desempenhar à medida que o tempo avança. Este ano está a ser complicado e os jogos foram poucos até agora. Depois do Open da Austrália – onde caiu na terceira ronda, às mãos de Bautista Agut (7-5, 6-7, 7-6, 6-4) – o espanhol que está agora no top-30 não fez mais do que uma partida por torneio – Buenos Aires, Rio de Janeiro, Miami e Barcelona – até chegar a Lisboa.
O primeiro a cair no Clube de Ténis do Estoril foi Frederico Silva (6-3, 6-4). O português deu a luta possível, aproveitando alguma falta de ritmo de Ferrer. Frente a Ryan Harrison (6-4, 6-0), o espanhol teve uma tarde mais ligeira. O norte-americano apanhou uma lição de um especialista a lidar com as especificidades da terra batida. No primeiro parcial ainda se foi mantendo na luta mas no segundo andou sempre a reboque. Os dois meteram aproximadamente a mesma percentagem de primeiros serviços. Mas Ferrer conquistou setenta e dois por cento dos pontos com o primeiro saque, enquanto Harrisson se ficou pelos cinquenta e nove.
2014 | Wimbledon | Ferrer | 3 | 6 | 6 | 6 | 6 | 1R |
Carreno-Busta | 1 | 0 | 7 | 1 | 1 |
Ferrer venceu o único confronto que teve até hoje com o compatriota Carreño Busta: foi na primeira ronda do Wimbledon 2014.