Pablo Carreño Busta – Benoit Paire (Estoril Open)
Benoit Paire foi o primeiro a apurar-se para as meias-finais do Estoril Open de 2016, batendo Garcia-López em sets diretos. O francês dá seguimento à boa temporada que está a fazer e tem ambições de chegar à final. Do outro lado do court vai ter Pablo Carreño Busta, que eliminou o primeiro cabeça de série, Gilles Simon. Pelo segundo ano consecutivo o espanhol chega à semifinal no Clube de Ténis do Estoril.
Pablo Carreño Busta eliminou nos quartos de final o primeiro cabeça de série do torneio português. Foi o próprio Gilles Simon, que não regateou elogios ao adversário, que defrontou pela primeira vez, a dizer que o espanhol tinha feito “tudo perfeito”. Consistente nas trocas de bola mais longas, determinado no serviço e a subir a intensidade nos momentos determinantes. De facto, para bater Simon pelos parciais de 6-3 e 6-4, sem que o francês tivesse jogado mal, é preciso fazer uma partida de alto nível. O número cinquenta mundial repete assim a presença nas meias-finais do ano passado, altura em que foi afastado por Nick Kyrgios (5-7, 7-6, 6-3). Se for capaz de chegar à final existe ainda a possibilidade de vir a reencontrar o jovem australiano.
Nas rondas anteriores Carreño Busta também se mostrou praticou um estilo de ténis muito agressivo. Eliminou Fernando Verdasco (6-1, 6-3) na primeira ronda com alguma facilidade e na etapa seguinte sentiu mais dificuldade a encaixar no ténis do japonês Taro Daniel (6-4, 7-5).
Mais de dois terços das partidas que disputou em 2016 foram em terra batida o que naturalmente lhe dá um maior à vontade nesta superfície, em comparação com outros que ainda estão a fazer a transição. Já chegou a uma final esta temporada, em São Paulo, tendo perdido o título para o compatriota Pablo Cuevas (7-6, 6-3) e fez dois quartos de final, em Quito e Marraquexe, derrotado por Thomaz Bellucci (7-6, 4-6, 6-2) e Federico Delbonis (7-5, 6-2), respetivamente.
Em Monte Carlo o tenista espanhol caiu na segunda ronda, às mãos de Jo-Wilfried Tsonga (7-6, 7-6).
Benoit Paire começou mal a temporada – segundo desabafo do próprio não se sentia nada bem em court quando passou pela Austrália – deu a volta à situação. Em 2016 já marcou presença em três meias-finais e saiu sempre derrotado. Em Chennai o carrasco foi Wawrinka (6-3, 6-4), em Marseille foi Cilic (6-2, 6-7, 6-3) e em Barcelona a honra coube a Nishikori (6-3, 6-2). O vigésimo primeiro do Ranking ATP diz ter muita vontade de romper esse ciclo na próxima oportunidade, aqui no Estoril Open.
Quando fez o rescaldo da vitória sobre Guillermo Garcia-López (7-6, 6-2) o francês ainda levantou a possibilidade de defrontar o amigo Simon mas como já vimos não foi esse o desfecho da outra partida. Paire precisou de hora e meia para garantir a passagem à fase seguinte. No primeiro set precisou de superar a desvantagem, anulando o break sofrido cedo no encontro. Ainda desperdiçou dois set points e foi obrigado a lutar pelo parcial no tie break. Se no primeiro parcial foi pelo caminho mais tortuoso no segundo cortou a direto, quebrando rapidamente o serviço do espanhol. Na ronda anterior bateu Kyle Edmund (6-7, 6-3, 6-3) mas resmungou imenso no processo. Queixou-se bastante do piso, que em alguns locais estava pouco compactado. Curiosamente, quando os jornalistas lhe perguntaram como estava o ombro ele confidenciou que era a única coisa que estava bem. Queixou-se do pé, da perna e disse até ter perdido um dente na véspera.
| 2014 | Open dos Estados Unidos | Carreno-Busta | 3 | 6 | 6 | 3 | 6 | 2R | ||
| Paire | 1 | 1 | 4 | 6 | 3 | |||||
| 2013 | Stockholm | Paire | 2 | 6 | 6 | R16 | ||||
| Carreno-Busta | 0 | 4 | 4 | |||||||
| 2011 | Challenger de Como | Carreno-Busta | 2 | 6 | 7 | SF | ||||
| Paire | 0 | 4 | 6 |
Carreño Busta e Paire já se defrontaram por cinco vezes, com vantagem curta para o francês (três vitórias para uma). O último confronto foi já há dois anos, no Open dos Estados Unidos.
