Novak Djokovic – Rafael Nadal (World Tour Finals)
A primeira semifinal a ficar fechada na edição de 2015 das World Tour Finals recupera a maior rivalidade do ténis. Mas dada a temporada espetacular do número um mundial custa a acreditar que Nadal esteja em condições de o eliminar, apesar da excelente forma como se apresenta neste final de época.
Novak Djokovic é o número mundial e venceu quase tudo esta temporada, à exceção do Roland Garros. Curiosamente, foi no Major de Paris que o sérvio enfrentou pela primeira vez Rafael Nadal, nos quartos de final, há nove temporadas. Assim começava a maior rivalidade do ténis, pelo menos ao nível da quantidade de confrontos. Esta semifinal será a quadragésima sexta ocasião que se cruzam em court. No início era o espanhol que estava no auge mas nos anos mais próximos Djokovic tem conseguido encurtar as distâncias. Nadal continua a ter vantagem – vinte e três contra vinte e duas vitórias – apesar de já não vencer o rival há mais de um ano. A última vez que saiu vencedor de um destes duelos foi no Grand Slam de Paris de 2014 mas o último triunfo fora da sua superfície de eleição, a terra batida, foi já há dois anos, no Open dos Estados Unidos (6-2, 3-6, 6-4, 6-1).
2015 está a ser o melhor ano de sempre de Novak Djokovic, até ao momento, claro. Oito Masters e três Majors, só ficou mesmo a faltar Roland Garros, a pedra que lhe falta para completar o puzzle. Esta temporada esteve tão perto de vencer em Paris e finalmente completar, de uma assentada o Grand Slam – os quatro no mesmo ano – e o de carreira, sendo que já conquistou títulos em todos os outros. Mas Wawrinka roubou-lhe esse momento.
Depois da época a que assistimos talvez se esperasse mais dele na O2 Arena. É verdade que bateu Nishikori no primeiro jogo, em sets diretos (6-1, 6-1). Mas na partida com Roger Federer pareceu algo frustrado e reconheceu que lhe custou reagir à variação de jogo do suíço. Ora, Nole é o rei das respostas, precisamente pela capacidade de antecipação. A derrota (7-5, 6-2) deixou-o na posição de ter obrigatoriamente que ganhar o terceiro encontro, frente a Tomas Berdych. Foi bem-sucedido, e sem ter que recorrer a um terceiro parcial (6-3, 7-5) mas foi exigente.
Djokovic sagrou-se por quatro vezes campeão da Masters Cup, a primeira em 2008 a que somou as três últimas edições. Apesar do que se disse acima ninguém duvida que ele continua a ser o favorito a conquistar o Penta.
Rafael Nadal teve um ano para esquecer, ou pelo menos assim indicava até ao final do verão. Mas desde o Open dos Estados Unidos o espanhol, que muitos deram como acabado, parece estar a dar passadas seguras para voltar a ser uma força a ter em conta na elite do ténis mundial.
Talvez Rafa nunca volte a ser o que era mas o final de temporada que está a fazer deixa boas indicações para a próxima. Em Londres, apesar de este não ser o seu piso de eleição, tem estado imbatível. A vitória inicial, frente a Stan Wawrinka, foi uma boa indicação (6-3, 6-2) de que vinha com ambição. Na ronda seguinte Nadal conseguiu, porventura, o triunfo mais significativo da temporada, e até há poucos dias impensável. Superiorizar-se a Andy Murray, que está de novo a cem por cento, em piso rápido e diante do público londrino, é um feito impressionante (6-4, 6-1). Diante do compatriota David Ferrer, Rafa sentiu maiores dificuldades. É verdade que a qualificação já estava garantida mas a verdade é que os dois se conhecem muito bem e Ferrer nunca desiste. Foi duro, houve coisas que correram menos bem, mas a resistência do menorquino também parece estar de volta (6-7, 6-3, 6-4).
2015 | Pequim | Djokovic | 2 | 6 | 6 | F | ||||
Nadal | 0 | 2 | 2 | |||||||
2015 | Roland Garros | Djokovic | 3 | 7 | 6 | 6 | QF | |||
Nadal | 0 | 5 | 3 | 1 | ||||||
2015 | Monte Carlo | Djokovic | 2 | 6 | 6 | SF | ||||
Nadal | 0 | 3 | 3 | |||||||
2014 | Roland Garros | Nadal | 3 | 3 | 7 | 6 | 6 | F | ||
Djokovic | 1 | 6 | 5 | 2 | 4 |
A última vez que Nadal venceu Djokovic em piso sintético foi em 2013, na final do Open dos Estados Unidos.