Novak Djokovic – Juan Martin Del Potro (ATP 500 Acapulco)
Grande destaque da segunda ronda do Abierto Mexicano. Novak Djokovic comanda destacado os confrontos diretos – onze contra quatro – mas na última vez que se cruzaram o argentino voltou a negar ao sérvio a possibilidade de uma medalha olímpica. O número dois mundial passou por Martin Klizan sem história. Del Potro teve que se concentrar para não ser surpreendido por Francis Tiafoe, o jovem norte-americano que lhe saiu ao caminho na primeira ronda.
É a primeira vez que Novak Djokovic marca presença no ATP 500 de Acapulco. Nas últimas temporadas tem optado por competir no Dubai, por esta altura. O encontro com Martin Klizan (6-3, 7-6) foi apenas o segundo que o sérvio disputou depois do primeiro Grand Slam da temporada. No primeiro fim de semana de fevereiro tinham estado envolvido na ronda da Taça Davis pelo seu país, para cumpriu apenas uma partida de singulares. Por isso mesmo, Djokovic não esperava um jogo fácil. O embate com o eslovaco serviu na perfeição para o número dois mundial se testar em ambiente competitivo.
Novak Djokovic arrancou a temporada em cheio, coma conquista do ATP de Doha, impondo-se na final ao homem que o desalojou da liderança do ranking, Andy Murray (6-3, 5-7, 6-4). Mas voltou a ter um tropeção incaracterístico no Open da Austrália, ao cair na segunda ronda. Foi o dia mais feliz da carreira de Dennis Istomin (7-6, 5-7, 2-6, 7-6, 6-4). O uzbeque tem todo o mérito pelo facto de ter dado excelente réplica mas também é evidente que o ex-número um do Ranking ATP demostrou inseguranças que não lhe são habituais.
Acapulco pode ser bom para o sérvio se animar. O renascido Nadal está no polo oposto do quadro mas na parte superior, se for progredindo, Novak Djokovic vai encontrar vários tenista mais jovens que o vão desafiar e exigir dele consistência para se manter em prova. Del Potro já provou, ainda recentemente, que num dia bom pode eliminar o sérvio. Mas Nick Kyrgios, Dominic Thiem e até David Goffin – que são possibilidades para as próximas rondas – adorariam a oportunidade para desfeitear aquele que para muitos continua a ser o melhor tenista da atualidade.
A temporada de 2016 superou todas as expetativas no que respeita a Juan Martin Del Potro. Não foi apenas um regresso emotivo de quem se pensou estar perdido para o ténis ao mais alto nível. As exibições foram dando confiança e o argentino foi trepando posições no ranking. Conquistou uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio e bateu adversários como Wawrinka, Djokovic, Murray e Nadal. Ficou evidente que, conquanto se mantenha saudável, Del Potro pode ser uma figura de charneira no circuito. Mas que para isso tem que selecionar criteriosamente os torneios onde vai estar presente. Este será apenas o sexto encontro do argentino em 2017, precisamente porque optou por fazer mais tempo de preparação e abdicar de competir nos dois primeiros meses do ano. Del Potro voltou aos courts na semana passada, em Delray Beach, aguentando-se em prova até esbarrar com Milos Raonic (6-3, 7-6). O canadiano acabaria por sofrer uma ligeira rutura muscular com o esforço que o impediu de jogar a final no dia seguinte.
Na primeira ronda do Open Mexicano, Del Potro encontrou pela frente o norte-americano Francis Tiafoe (6-4, 3-6, 7-5). O jovem de dezanove anos vindo da fase de qualificação, octogésimo nono do ranking, obrigou o argentino a aplicar-se para seguir em frente.
2016 | JO Rio de Janeiro | Del Potro | 2 | 7 | 7 | 1R | |||
Djokovic | 0 | 6 | 6 | ||||||
2013 | World Tour Finnals | Djokovic | 2 | 6 | 3 | 6 | |||
Del Potro | 1 | 3 | 6 | 3 | |||||
2013 | Masters de Shanghai | Djokovic | 2 | 6 | 3 | 7 | F | ||
Del Potro | 1 | 1 | 6 | 6 | |||||
2013 | Wimbledon | Djokovic | 3 | 7 | 4 | 7 | 6 | 6 | SF |
Del Potro | 2 | 5 | 6 | 6 | 7 | 3 |
Djokovic venceu onze dos quinze confrontos que teve com Del Potro. Mas o argentino levou a melhor no último, no verão passado, no Rio de Janeiro. Foi a segunda vez que o gigante de Tandil impediu o sérvio de chegar a uma medalha nos Jogos Olímpicos já que em 2012 venceu o encontro de atribuição do terceiro lugar do pódio.