Norwich City – Manchester United (Premier League)
A duas jornadas do fim a visita de Van Gaal e companhia a Carrow Road reveste-se de dramatismo para os dois lados. Três derrotas consecutivas colocam o Norwich City como favorito a juntar-se ao Villa no Championship, na próxima época. O United está de olho no quarto lugar, que dá acesso à Liga dos Campeões. Uma derrota, seja para quem for, pode acabar com as respetivas aspirações.
Este sábado, em Carrow Road, o Norwich City luta pela sobrevivência na primeira divisão inglesa. A equipa de Alex Neil está sem margem para erro. Há um mês, os triunfos sobre o West Brom (0-1) e Newcastle (3-2) pareciam indicar um ressurgimento dos Canaries para o trecho final do campeonato. Mas as três derrotas que se seguiram – Crystal Palace (1-0), Sunderland (0-3) e Arsenal) – empurraram o Norwich para o penúltimo lugar da tabela, com trinta e um pontos. É um a menos que os Black Cats (que também têm um jogo em atraso) e dois que os Magpies (que já cumpriram trinta e seis jogos). Mas enquanto os Canaries caíram a pique nos compromissos recentes, com a agravante de terem cedido diante de adversários diretos, os concorrentes têm conseguido somar pontos e parecem estar em crescendo. O clube tem agora três partidas – a meio da semana recebe o Watford e termina a Liga Inglesa com uma deslocação a Goodison Park – para se salvar. Nos três desaires ficou evidente a principal falha deste conjunto: ineficácia ofensiva. Frente aos Gunners fizeram doze remates mas só três realmente enquadrados com a baliza e nenhum ameaçou realmente Petr Cech.
Neil não pode contar com Tettey, Klose e Wisdom.
Onze Provável: Ruddy – Ivo Pinto, Martin, Bassong, Olsson – Redmond, O’Neil, Howson, Brady – Hoolahan, Mbokani.
Manchester United também está sob grande pressão nesta deslocação a Carrow Road. Louis van Gaal puxa pelo argumento da desforra – o Norwich fez a desfeita de ir ganhar a Old Trafford – mas aposto que conseguia mais resultados se prometesse sair pelo próprio pé no final da temporada.
A prova de que os Red Devils andam completamente à deriva é o suposto rumor que dá conta de uma negociação com Mourinho para que o técnico português aceite esperar mais um ano para assumir o banco. Supostamente, para não reforçar a ideia de que a aposta no treinador holandês saiu furada. Traduzindo, para não pagar compensação. News flash: a escolha fracassou e já toda a gente percebeu.
O United está na quinta posição, com sessenta pontos, com um ponto de vantagem sobre o West Ham, cuja casa visitam a meio da semana. As duas equipas têm um jogo em atraso, esse que vão acertar na terça-feira. Mas os olhos dos Red Devils estão focados no City. Os rivais de Manchester ocupam o último posto de acesso à Liga dos Campeões e estão a quatro pontos de distância, já com trinta e seis jornadas cumpridas. Neste fim de semana o Etihad recebe Arsène Wenger e o resultado desse duelo terá várias implicações para a decisão destes lugares europeus.
Não é preciso recordar a enorme diferença entre garantir presença na prova de elite ou na Liga Europa, no que respeita às receitas e prestígio de um clube com o histórico do United. Ficar com o prémio de consolação vai aumentar a contestação a Van Gaal, que nem o hipotético triunfo na final da Taça de Inglaterra, marcada para 18 de maio, frente ao Palace, pode amenizar.
No domingo o Manchester United adiou a consagração do Leicester, dividindo os pontos em Old Trafford com os pupilos de Ranieri. Em consequência de altercações com o central Robert Huth, Marouane Fellaini foi castigado por conduta violenta e terá que cumprir três jogos de suspensão. Junta-se assim a Keane, Schweinsteiger e Januzaj, na lista de indisponíveis.
Onze Provável: De Gea – Valencia, Smalling, Blind, Borthwick-Jackson – Schneiderlin – Lingard, Rooney, Herrera, Martial – Rashford.
Manchester United | 1-2 | Norwich City |
Premier League 2015/16
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Manchester United | 4-0 | Norwich City |
Premier League 2013/14
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Norwich City | 0-1 | Manchester United |
Premier League 2013/14
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Em dezembro o Norwich City foi vencer a Old Trafford, algo que já não acontecia há vinte e sete anos.