Nicolas Almagro – Novak Djokovic (ATP Masters Madrid)
O número dois mundial dá início à defesa do título no Mutua Madrid Open frente a Almagro. Novak Djokovic chocou o circuito com o afastamento do trio que constituía o núcleo da sua equipa técnica depois da eliminação em Roland Garros. Supostamente, a separação foi por mútuo acordo, e o sérvio procura dar nova impulsão à sua carreira. Nico sobreviveu ao embate com Robredo na primeira ronda mas precisou de três parciais para chegar aqui.
Nicolas Almagro foi semifinalista no Masters de Madrid há sete anos – perdeu com Nadal – o que continua a ser, até hoje, a sua melhor prestação no evento. Mas nos últimos quatro anos o tenista espanhol de trinta e um anos, atualmente septuagésimo sexto do ranking ATP, não passou da segunda ronda. Há um ano o carrasco foi o jovem Borna Coric (6-2, 6-2).
Na semana passada Almagro esteve no Clube de Ténis do Estoril mas não conseguiu revalidar o título conquistado em 2016. Depois de impressionar frente a Benoit Paire (6-3, 6-2) e Gastão Elias (6-1, 6-2), foi travado do compatriota Pablo Carreño Busta (6-2, 6-4). Os quartos de final foram uma reedição da final do ano anterior e desta vez a bola caiu para o outro lado. Em absoluto, já que Carreño acabou por vencer o Millennium Estoril Open.
Na primeira ronda, em Madrid, Almagro teve que se impor frente a Tommy Robredo (6-3, 3-6, 6-1), o que acabou por acontecer ao fim de cem minutos em court.
Quando pôs os pés em Madrid, há um ano, Novak Djokovic trazia na bagagem os títulos do Open da Austrália, Indian Wells e Miami. E viria a conquistar o terceiro Masters da temporada na capital espanhola, batendo na final Andy Murray (6-2, 3-6, 6-3). Que diferença para este ano, onde ainda não venceu nada de monta – apenas o torneio de Doha, logo na primeira semana do ano.
Foi a segunda vez que se sagrou campeão no Mutua Madrid Open, a primeira tinha sido cinco anos antes, frente a Nadal.
Para Djokovic o confronto com Almagro será apenas o quarto encontro da época em terra batida (2-1). No Masters 1000 de Monte Carlo o sérvio bateu Gilles Simon (6-3, 3-6, 7-5) e Carreño Busta (6-2, 4-6, 6-4), antes de ser afastado por David Goffin (6-2, 3-6, 7-5), nos quartos de final. Pouco depois Nole chocou o circuito profissional ao anunciar o fim da relação com o trio – Marian Vajda, Gebhard Gritsch e Miljan Amanovic – que o acompanha há mais de uma década e que constituía o núcleo duro da sua equipa técnica. Segundo o comunicado, a separação foi por mútua acordo. Todos os envolvidos, incluindo o tenista, concordaram que era preciso uma terapia de choque para fazer reset à carreira de Novak Djokovic. Dizendo estar a preparar o futuro sem pressas, o sérvio, que será pai pela segunda vez em breve, deixou transpirar que o próximo treinador será um antigo profissional de topo que conhece na primeira pessoa as exigências do ténis ao mais alto nível. É um clube restrito que corresponde a estas características e fala-se muito do nome de Andre Agassi, embora o norte-americano já tenha dito em diversas oportunidades que não tem disponibilidade para regressar ao circuito.
Seja como for, em Madrid Djokovic está acompanhado pelo preparador físico e pelo mental coach Pepe Imaz, que já fazia parte da sua comitiva.
2015 | Masters de Roma | Djokovic | 2 | 6 | 6 | 6 | 2R |
Almagro | 1 | 1 | 7 | 3 | |||
2013 | Abu Dhabi | Djokovic | 2 | 6 | 6 | 6 | F |
Almagro | 1 | 7 | 3 | 4 |
Novak Djokovic só não venceu um dos seis confrontos com Nico Almagro, o primeiro, ainda no circuito Challenger. No circuito ATP tal não voltou a acontecer.