Nick Kyrgios – Milos Raonic (Wimbledon)
Mais um momento alto da terceira ronda do Major britânico. Kyrgios e Raonic tiveram um frente a frente em Wimbledon, há um ano, nos quartos de final, que o canadiano venceu. Não se voltaram a encontrar em court desde então e ambos manifestaram curiosidade em avaliar o quanto evoluíram neste período.
Há um ano atrás Nick Kyrgios escrevia um capítulo essencial da sua autobiografia. Um adolescente de dezanove anos eliminava Rafael Nadal nos quartos de final do Wimbledon (7-6, 5-7, 7-6, 6-3). Foi a primeira vez que este australiano que adora as luzes da ribalta se mostrou ao mundo em todo o seu potencial. Na ronda seguinte não resistiu a Milos Raonic. Ainda venceu o set inaugural mas os três seguintes foram favoráveis ao canadiano. Agora, quase doze meses depois, os dois voltam a encontrar-se, na terceira ronda do mesmo evento. Raonic foi o primeiro a assinalar o muito que os dois evoluíram desde então e que seria curioso avaliar isso mesmo num novo duelo. Kyrgios já não é a grande surpresa do circuito ATP e Raonic está instalado no top-10.
Mas há outro paralelismo inevitável: os dois não podiam ser personalidades mais distintas. A atitude espalhafatosa, extrovertida e até contestatária de Kyrgios, que há um ano era considerada uma lufada de ar fresco, agora já lhe é atirada à cara e os snobs do ténis exigem que o menino se comporte. Raonic é o tipo maduro, concentrado e discreto, que nem sequer se despenteia.
Kyrgios cumpriu o seu vigésimo aniversário em Portugal, enquanto disputava o Estoril Open, evento em que atingiu a sua primeira final – ganha por Gasquet (6-3, 6-2) – de uma prova ATP. Iniciou a temporada chegando aos quartos de final do Open da Austrália, cedendo diante de Andy Murray (6-3, 7-6, 6-3), provando, mais uma vez, que gosta e se sai particularmente bem nos grandes palcos.
O australiano esteve seguro nas duas primeiras rondas do Grand Slam. Venceu Diego Schwartzman (6-0, 6-2, 7-6) e Juan Mónaco (7-6, 6-3, 6-4) em sets diretos e com discussões com os árbitros dos respetivos encontros. Frente a Mónaco, Kyrgios precisou de apenas uma hora e quarenta minutos e meteu trinta e nove ases.
Milos Raonic volta a Wimbledon determinado a pelo menos igualar a prestação da edição anterior, em que foi semifinalista. Em 2014 bateu Nishikori e Kyrgios antes de ceder diante de Roger Federer (6-4, 6-4, 6-4).
Em 2015 estreou-se em relva no ATP 500 de Queen’s, onde chegou aos quartos de final, tendo sido afastado por Gilles Simon (4-6, 6-3, 7-5). Na primeira ronda do Major Britânico bateu Daniel Gimeno-Traver (6-2, 6-3, 3-6, 7-6). Na segunda teve pela frente o veterano Tommy Haas e precisou de pouco mais de duas horas e meia para fechar a partida a seu favor. A entrada em court foi fulminante, com o primeiro set de sentido único a durar dezoito minutos. Mas o alemão foi contrariando o ascendente do canadiano e dificultou-lhe a vida nos dois parciais finais (6-0, 6-2, 6-7, 7-6). Raonic fez vinte e nove ases e salvou os três pontos de break que enfrentou.
Raonic lidera os confrontos, tendo vencido os dois até agora disputados, ambos na época passada.
2014 | Wimbledon | Raonic | 3 | 6 | 6 | 6 | 7 | QF | ||
Kyrgios | 1 | 7 | 2 | 4 | 6 | |||||
2014 | Roland Garros | Raonic | 3 | 6 | 7 | 6 | 1R | |||
Kyrgios | 0 | 3 | 6 | 3 |
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