Milos Raonic – Fernando Verdasco (US Open)
Canadiano e espanhol marcaram encontro na segunda ronda do US Open mas a passagem foi bem mais simples para o primeiro. A postura física de Milos Raonic evidencia muito maior conforto, depois da via sacra de lesões por que passou nos últimos cinco meses. Fernando Verdasco teve que se aplicar para levar de vencido o veterano Tommy Haas. O registo de confrontos dá conta de um empate, com três vitórias para cada lado.
O ano de 2015 está a ser complicado para Milos Raonic. Um problema agravado no nervo do pé obrigou o canadiano a passar pela mesa de operações e seguiram-se meses duros, com pequenas mazelas a surgir, particularmente nas costas, devido às compensações que o corpo fez para poupar o apoio fragilizado. Desde Indian Wells –onde chegou à meia-final, tendo sido afastado por Roger Federer (7-5, 6-4) – o agora número dez mundial fez sistematicamente três partidas em cada um dos cinco torneios em que participou – Miami, Monte Carlo, Masters de Madrid, Queen’s e Wimbledon. Pior ainda foi o facto de não poder defender o título, e os pontos respetivos, no ATP de Washington. No regresso à piso sintético, superfície mais propícia a tirar todo o partido do seu ténis, a coisa não melhorou. Em Montreal e Cincinnati Raonic foi despachado na ronda inaugural, no primeiro por Ivo Karlovic (7-6, 7-6) e no segundo por Feliciano López (7-6, 6-4).
Milos Raonic atingiu os oitavos de final das últimas três edições do Major norte-americano, tendo, no ano passado, sido afastado por Kei Nishikori, numa verdadeira maratona. O japonês foi uma das baixas surpresa da primeira ronda, a ver se o canadiano tem melhor sorte.
Fernando Verdasco precisou de cinco sets para ultrapassar o veterano Tommy Haas. O alemão tinha falhado a edição anterior do Open dos Estados Unidos devido a lesão e queria um regresso. O espanhol não entrou bem em court, devido sobretudo à baixa percentagem de primeiros serviços que estava a conseguir colocar (48%). Já o saque do alemão estava a funcionar a todo o gás e foi com ele que garantiu o primeiro set a seus favor. Mas circunstâncias inverteram-se no segundo parcial. Verdasco fez a quebra de serviço logo a abrir e foi então a vez de Haas não acertar com a pontaria. Voltava tudo ao início. O terceiro foi o mais equilibrado, e por isso tenso. Mas o esforço foi demasiado para o alemão, que claramente quebrou fisicamente após o tie-break, deixando espaço a que Verdasco fosse construindo paulatinamente o triunfo (3-6, 6-1, 6-7, 6-3, 6-1).
2013 | Xangai | Raonic | 7 | 3 | 6 | 2R | ||
Verdasco | 6 | 6 | 3 | |||||
2013 | Masters Madrid | Verdasco | 6 | 2 | 7 | 2R | ||
Raonic | 4 | 6 | 6 | |||||
2011 | Roma | Verdasco | 6 | 6 | 1R | |||
Raonic | 4 | 4 | ||||||
2011 | Portugal Open | Verdasco | 6 | SF | ||||
Raonic | 4 | |||||||
2011 | Memphis | Raonic | 6 | 3 | 7 | 1R | ||
Verdasco | 4 | 6 | 6 | |||||
2011 | San José | Raonic | 7 | 7 | F | |||
Verdasco | 6 | 6 |
Raonic e Verdasco estão empatados no registo de confrontos, embora já não se cruzem em court há dois anos. O canadiano venceu sempre os jogos em piso rápido, o espanhol venceu as partidas em terra batida. Se o padrão se mantiver será Milos a seguir em frente.