Middlesbrough – Manchester City (Premier League)

Três dias depois do dérbi de Manchester, que deixou tudo na mesma no top-5 da Premier league, a equipa de Pep Guardiola visita o terreno do penúltimo classificado. O Middlesbrough regressou às vitórias a meio da semana, coisa que não acontecia em jogos do campeonato há quatro meses. Ter sido em casa e frente ao lanterna-vermelha há de ter alguma coisa a ver com o assunto.

Enquanto for matematicamente possível a manutenção o Middlesbrough tem que continuar a acreditar que é possível. É por isso que tanto o treinador como alguns elementos do plantel reafirmam por estes dias que o triunfo sobre o Sunderland (1-0), de quarta-feira, lhes dá um novo balão de oxigénio. É a única abordagem possível para quem está ainda na refrega. Mas para quem assite de fora parece que só um milagre nos quatro jogos que faltam poderia salvar o Boro de regressar ao Championship. A equipa de Steve Agnew, que substituiu Aitor Karanka, está no penúltimo lugar da Premier League, com vinte e sete pontos, com trinta e quatro jornadas cumpridas. São seis de vantagem sobre os Black Cats, que têm um jogo em atraso, e outros tantos de distância para o Hull, que é o primeiro acima da linha de água.

O triunfo sobre o Sunderland, graças ao golo solitário de Marten de Roon logo aos oito minutos, é uma excelente propulsor mas o calendário não facilita. Domingo trás o City a Riverside e seguem-se Chelsea, em Stamford Bridge, e Southampton, de volta a casa.

Agnew ainda não sabe se poderá recorrer aos serviços de Grant Leadbitter, Victor Valdés e Daniel Ayala, todos com pequenas mazelas.

Onze Provável: Guzan – Chambers, Bernardo, Gibson, Friend – Roon, Clayton, Forshaw – Downing, Negredo, Gastón Ramírez.

Guardiola disse que o Manchester City tinha feito tudo para sair vitorioso do dérbi de Manchester mas foi suficiente para bater o United. O duelo entre os dois rivais era suposto começar a separar o trigo do joio no que respeita a quem fica dentro e fora do top-4 mas a igualdade a zeros manteve tudo como estava. Os dois de Manchester mantêm a quarta e quinta posição, separados por um ponto. Respira o Liverpool de alívio, que podia ter sido alcançado e despojado do terceiro posto.

É verdade que os Cityzens foram o conjunto que mais ativamente procurou chegar à vantagem. E que lhe faltava David Silva, que é um elemento fundamental para acrescentar inteligência superior à construção de jogo da equipa. Mas o facto é que as estratégias de Guardiola e Mourinho encaixaram bem uma na outra, o mesmo é dizer que se anularam mutuamente. A boa notícia é que o City está cem por cento focado no campeonato e que volta a poder contar com Gabriel Jesus. O avançado brasileiro, que causou impacto imediato quando chegou no início do ano, foi obrigado a paragem prolongada com uma fratura no pé. Mal entrou, na quinta-feira, marcou, ainda que em posição adiantada. Mas ficou logo evidente que cria muitas dificuldades às defesas adversárias.

A outra boa notícia, que pesa nesta deslocação ao Riverside, é que o Manchester City é a melhor formação da Premier League a jogar fora de casa, tanto no número de pontos conquistados, trinta e quatro, como na diferença de golos (36-20).

Onze Provável: Caballero – Navas, Otamendi, Kompany, Clichy – De Bruyne, Touré, Fernandinho – Sterling, Gabriel Jesus, Sané.

Middlesbrough	0-2	Manchester City	FA Cup 16/17
Manchester City	1-1	Middlesbrough	Premier League 2016/17

Em novembro, no jogo da primeira volta da Liga Inglesa, o Middlesbrough foi dividir os pontos ao Etihad, com Marten de Roon a anular para lá dos noventa o golo de Aguero, ainda na primeira parte. No mês passado os dois emblemas disputaram os quartos de final da Taça de Inglaterra, com os Cityzens a seguir em frente.