México – Trindade e Tobago (Gold Cup)

Num duelo entre segundos classificados de fase de grupos, o favoritismo pende todo para o lado mexicano, que mesmo sem os seus principais jogadores na prova apresenta, ainda assim, um plantel que poderá chegar, sem dificuldades, às meias-finais. O México terminou a fase de grupos com duas vitórias e uma derrota, seis golos marcados e três golos sofridos. Já o conjunto de Trindade e Tobago alcançou uma vitória, um empate e uma derrota, marcando quatro golos e sofrendo outros tantos.

Para o México, a Gold Cup apresentou-se como uma prova secundária neste verão, depois de sentir a vida complicada na fase de apuramento para o Mundial de 2014 e de ter passado pela Taça das Confederações sem grandes sucessos a registar. José Manuel de la Torre optou por trazer uma seleção B para os Estados Unidos da América, pelo que não esperaria, também, quaisquer facilidades para cumprir com aquilo que tem sido o México nesta competição, dominador nas duas últimas edições. A derrota frente ao Panamá fez soar o alerta na equipa verde e branca e as exibições seguintes trataram de assegurar uma passagem aos quartos-de-final sem mais dificuldades. Frente a Trindade e Tobago, também não parece que essas dificuldades assomem. O trio composto por Rafael Márquez Lugo, Marco Fabián e Raúl Jiménez continuará a fazer das suas no ataque, podendo encontrar, frente aos caribenhos, muito espaço para explorar com a sua velocidade. Podendo fazer alterações no seu plantel para esta competição, de la Torre decidiu chamar José Cardenas, que poderá trazer alguma experiência ao meio-campo da sua equipa, apesar de há dois anos não representar a seleção. Hiqui manter-se-á como o líder defensivo, com Orozco a regressar ao onze para assegurar que as redes mexicanas não sofrem dissabores.

Trindade e Tobago já terá cumprido a sua missão nesta Gold Cup, terminando no segundo lugar do Grupo B, à frente de El Salvador e do Haiti, e atingindo os quartos-de-final. Seria pedir demais para um conjunto sem grande experiência internacional chegar mais longe do que esta fase. Tendo pela frente o México, mais claro isso se tornará. A equipa caribenha depende, essencialmente, de dois jogadores na frente de ataque, onde Kenwyne Jones e Keon Daniel vão somando perigos para as defensivas adversárias. Jones fá-lo com o seu impressionante físico, preferindo uma posição mais fixa entre os centrais, enquanto Daniel surge de linhas recuadas, surpreendendo, muitas vezes, no espaço vazio. Mais recuado, Hyland era também um jogador importante no equilíbrio das transições, sendo um atleta com boa presença defensiva, mas o técnico abdicou da sua presença no plantel, chamando Kevan George, dos Columbia Crew, para o seu lugar, enquanto o guarda-redes Jan-Michael Williams tentará fazer a diferença na baliza. Um conjunto sem grandes floreados nem opções complicadas, Trindade e Tobago já sente o sucesso da sua participação na Gold Cup, esperando agora atrapalhar o México o mais que puder.

As duas seleções já se encontraram duas vezes na história da Gold Cup. Em 1998, o México venceu por 4-0, tendo repetido a dose, vencendo por 4-2, em 2000. Apenas por uma vez Trindade e Tobago bateu o México, em jogo a contar para o apuramento do Mundial de 2006.

Trindade e Tobago	2-2	México	WC2010 CONCACAF
México	2-1	Trindade e Tobago	WC2010 CONCACAF
Trindade e Tobago	2-1	México	WC2006 CONCACAF
México	2-0	Trindade e Tobago	WC2006 CONCACAF
México	3-0	Trindade e Tobago	WC2006 CONCACAF
Trindade e Tobago	1-3	México	WC2006 CONCACAF
México	4-0	Trindade e Tobago	Gold Cup ´00
México	4-2	Trindade e Tobago	Gold Cup ´98
Trindade e Tobago	0-2	México	Jogos Amigáveis 1984

Com os mexicanos como favoritos, espera-se uma partida disputada durante o primeiro tempo, mas com o resultado a pender para o México na segunda parte. Bom espetáculo ofensivo, Jones e Daniel poderão fazer alguma mossa, mas a defesa tobaguenha não parece suficiente para parar o ataque do seu adversário.

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