México – Chile (Amigável de Seleções)

México e Chile queimam os últimos cartuxos antes de embarcarem na Copa América Centenário. Os Chilenos têm a responsabilidade de defender o título ganho em casa no ano passado, o que não se afigura nada fácil. Já o México, que fez uma campanha miserável na edição passada, está há dezoito jogos consecutivos sem perder, seis em seis desde que Juan Carlos Osorio assumiu o comando.

O México dá o pontapé de saída na Copa América na próxima segunda-feira, dia 6, frente ao Uruguai. Os outros adversários do grupo C são a Jamaica e a Venezuela. O objetivo é fazer na edição Centenário o que não conseguiu na última participação. No ano passado o México saiu de rabo entre as pernas. Não se limitou a ficar pela fase de grupos. Não venceu um único jogo e ficou em último lugar do seu agrupamento. Foi escandaloso e de tal forma traumático para a estrutura e plantel mexicano que desde então a seleção Tricolor está há dezoito jogos sem derrotas. Logo a seguir ao fiasco no Chile o México foi aos Estados Unidos ganhar a Gold Cup – derrotou a Jamaica na final (1-3) – e não mais olhou para trás. Houve mudança de selecionador. Desde a chegada de Juan Carlos Osorio somam seis vitórias em outras tantas partidas, consecutivas. É natural que as expetativas estejam em alta. Natural mas também arriscado. A qualidade dos jogadores não está em causa. Este núcleo foi campeão olímpico há quatro anos, todos ainda muito jovens. Mas é diferente o nível competitivo da CONCACAF e da CONMEBOL, isso é inegável. Mesmo as equipas sul-americanas menos cotadas são obrigadas a medir forças com algumas das melhores seleções mundiais – Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, e por aí adiante – de forma muito regular. Já no conjunto da América Central e Norte não é assim, embora esteja muito melhor do que já foi. Por exemplo, o México lidera o seu grupo de apuramento para o Mundial, com doze pontos, com seis pontos de vantagem sobre Honduras e Canadá, os mais diretos perseguidores. Na CONMEBOL o Brasil está, neste momento, fora dos lugares que dão a qualificação.

Onze Provável: Ochoa – Araujo, Rafael Márquez, Molina, Corona – Torres, Guardado, Pena Aquino – Peralta, Jiménez.

O Chile estreia-se na Copa América um dia depois do México, logo com uma prova de fogo. O primeiro duelo é com a Argentina, uma reedição da final da competição do ano passado, onde os chilenos fizeram história conquistando o seu primeiro troféu na Copa América (0-0, 4-1 nas grandes penalidades). Há uma grande responsabilidade em defender o título, sobretudo quando há tão fortes candidatos a roubá-lo, a começar pelos anfitriões Estados Unidos. O grupo D inclui ainda a Bolívia e o Panamá.

No sábado passado o Chile sofreu uma derrota diante da Jamaica (1-2), sendo que Nicolás Castillo só conseguiu reduzir nos dez minutos finais. Não foi o arranque da preparação ideal mas também não há propriamente razão para alarme. Foi o segundo desaire em três jogos, é certo. Mas, primeiro, era um jogo-treino sem algumas figuras-chave. E dois, a outra derrota, em jornada da qualificação para o Mundial 2018, foi com a Argentina (1-2), que é um dos adversários mais complicados que se pode eleger. No outro jogo competitivo, em deslocação à Venezuela, o conjunto de Juan Antonio Pizzi venceu com folga (1-4).

Para este último jogo de preparação antes das coisas começarem a sério, o selecionador chileno já espera ter Arturo Vidal e Marcelo Diaz disponíveis e assim a construção do onze muda substancialmente, relativamente aos que alinharam frente aos jamaicanos.

Onze Provável: Herrera – Isla, Medel, Jara, Mena – Aranguiz, Marcelo Diaz – Orellana, Alexis Sánchez, Beausejour – Pinilla.

Chile	3-3	México	Copa América 2015
Chile	0-0	México	Amigáveis 2014
México	1-0	Chile	Amigáveis 2011
Chile	2-1	México	Copa América 2011

Chile e México fizeram parte do mesmo grupo na Copa América 2015 e o jogo entre ambos terminou empatado a três.