Marin Cilic – João Sousa (ATP – Madrid Open)
O croata Marin Cilic, n.º 26 do ranking chega a Madrid com um registo de vinte e cinco vitórias e oito derrotas, em 2014. Aos quinze anos, Cilic, que demonstrava um talento precoce, foi recomendado pelo compatriota Goran Ivanisevic a Bob Brett, treinador que orientou jogadores como Boris Becker, Andrei Medvedev, Mario Ancic e o próprio Goran, entre outros. Brett, uma influência fundamental no desenvolvimento de Cilic, esteve com ele até Maio de 2012, altura em que o croata decidiu experimentar outras vias. E a solução encontrada foi um retorno ao ídolo de infância, o mesmo que lhe tinha dado a mão onze anos antes. Goran Ivanisevic teve um dos serviços mais devastadores do circuito e desde o final do ano passado está a ajudar Cilic a melhorar o seu jogo. O antigo profissional explica, “Nos últimos dois anos ele não estava a conseguir evoluir. Não estava a avançar. Jogava bem mas não o suficiente para derrotar os homens do topo. Ele é um tipo alto por isso precisava de ser mais agressivo”. As prestações de Marin, já refletem essa mudança de atitude. Em Fevereiro, venceu dois torneios ATP – Zagreb e Delray Beach. Está mais agressivo, mais focado e em excelente forma física. O serviço melhorou significativamente, sobretudo a percentagem do primeiro serviço, assim como a movimentação no court.
Em Monte Carlo teve a infelicidade de se cruzar com Stanislas Wawrinka logo na segunda ronda e todos sabemos quem seguiu em frente (6-0, 6-2). Já antes tinha sentido dificuldade para levar de vencido o australiano Motosevic Marinko (70), que o obrigou a um terceiro set.
Em Barcelona, esteve a bom nível. Entrou em cena na segunda ronda, frente ao russo Andrey Kuznetsov, número 131 do ranking ATP, que venceu por dois sets (6-1, 7-6). O adversário seguinte já trazia outro peso, deu mais luta, mas Cilic eliminou Tommy Robredo, um dos especialistas do circuito mundial em terra batida. É verdade que para isso teve que disputar três tiebreaks, um para cada um dos sets (7-5, 6-7, 7-6). A sua sorte mudou nos quartos-de-final, ao encontrar Kei Nishikori. O serviço do croata não funcionou e a velocidade do adversário fez o resto (6-1, 6-3). Não podemos perder de vista que o japonês seguiu em frente e acabou por vencer o torneio, o que demonstra a forma em que se encontra.
Não é tarefa fácil a que espera João Sousa à chegada a Madrid. Ultrapassar o número vinte e seis ATP, um dos tenista com maior percentagem de vitórias dos circuito, esta temporada. O português, quadragésimo do ranking, deve estar ansioso por quebrar a série de quatro derrotas consecutivas. Em Casablanca durou até há segunda ronda, em que perdeu para o espanhol Roberto Carballes Baena (187º). Em Monte Carlo, Barcelona e Oeiras caiu à primeira, frente a Fabio Fognini (15º), Marinko Matosevic (68º) e Leonardo Mayer (76º), respetivamente. A derrota no Jamor foi particularmente difícil, depois das expectativas criadas e de o terem elevado a figura do torneio. Depois de ter vencido o primeiro set com alguma folga, o melhor tenista português da atualidade, perdeu por completo a concentração e os dois parciais seguintes (6-3, 1-6, 2-6). Sempre muito tenso nas pancadas, João Sousa cometeu muitos erros não forçados e nem o incansável apoio do público português conseguiu puxá-lo de volta ao encontro.
Marin Cilic e João Sousa nunca se defrontaram antes. Assim sendo, temos que levar em consideração as posições que um e outro ocupam no circuito ATP, o croata é 26º e o português 40º. Nos seus melhores dias Sousa pode bater um tenista como Cilic mas o croata é favorito. O pupilo de Ivanisevic é um jogador com um enorme talento, capaz do melhor e do pior. Qual será o que Cilic a entrar no Court 3 do Mutua Madrid Open?
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