Manchester City – Sheffield United (Premier League)
14 pontos de desvantagem em relação ao líder Liverpool, líder esse que tem menos um encontro disputado. A conjuntura atual é altamente desfavorável para o campeão em título e ninguém podia perspetivar que a atual situação se verificasse por esta altura. Os “Citizens” terminam o ano com a receção ao Sheffield United.
Dois dias depois de uma derrota no reduto do Wolves com contornos “dantescos”, o Manchester City regressa à ação na tentativa de encerrar o ano com uma vitória. A diferença para o Liverpool é significativa e só um “milagre” poderá guiar o City à revalidação do título, importando agora redefinir objetivos e, muito provavelmente, atribuir prioridade total à Liga dos Campeões. No imediato, importa aos comandados de Pep Guardiola vencer o Sheffield United no último desafio do ano civil.
Na visita ao Mollineux para enfrentar o Wolves, o City viu-se reduzido a dez unidades logo aos 12 minutos por expulsão de Ederson. Com dez unidades, o City viria a assumir a liderança do marcador e por dois golos de diferença graças a um “bis” de Sterling, mas permitiria uma incrível reviravolta do Wolves (3-2) na ponta final, sendo que nem a desvantagem numérica justificaria semelhante situação. Após quatro triunfos consecutivos, o City regressou aos desaires e deixou alguns sinais preocupantes. A atuar no Etihad, o City venceu nove jogos, empatou dois e perdeu outros dois, um frente ao Wolves (0-2) – “besta negra” do City nesta Premier League 2019/20 – e outro diante do United (1-2).
Para este encontro, Pep Guardiola já poderá contar com “Kun” Aguero, avançado que tem feito muita falta ao Manchester City atendendo também ao momento menos bom que Gabriel Jesus atravessa – o brasileiro falhou o encontro com o Wolves. Mahrez e Sterling deverão repetir a titularidade, mas Pep Guardiola vai mexer na equipa com toda a certeza, começando desde logo pela entrada forçada de Claudio Bravo para o lugar dos suspenso Ederson. Foden, Zinchenko e Gundogan deverão assumir a titularidade. Stones, Laporte e Sané permanecem de fora devido a lesão.
Onze Provável: Bravo, Cancelo, Otamendi, Fernandinho, Zinchenko, Gundogan, Foden, De Bruyne, Mahrez, Sterling, Aguero
O Sheffield United regressou este ano à Premier League e tem um dos menores orçamentos da competição, mas isso não tem impedido os “Blades” de rubricarem uma ótima campanha. Por esta altura, o Sheffield segue no 7º lugar da tabela com 29 pontos e está muito daquilo que se perspetivava no início da temporada, bem mais próximos dos lugares europeus que dos de despromoção.
A formação treinada por Chris Wilder tem denotado muita consistência, apostando num meio-campo “musculado”, agressivo no ataque à bola e forte na transição defensiva. O Sheffield não perdeu nenhum dos últimos quatro duelos que disputou e venceu três nesta sequência, tendo sofrido apenas dois golos. Além disso, perdeu apenas um dos últimos dez encontros que disputou. Defensivamente, apresenta o segundo melhor registo da Premier League com 17 tentos consentidos até à data, mas o que mais impressiona nos “Blades” é o seu registo a atuar fora de portas: em nove desafios, ainda não sabem o que é perder, tendo somado seis empates e três vitórias. As deslocaçoes aos redutos de Chelsea (2-2), Tottenham (1-1) e Wolves (1-1) corresponderam aos desafios mais exigentes até então. Sublinhe-se que o Sheffield só por uma vez ficou “em branco” a jogar longe da sua zona de conforto.
O Sheffield United só não vai poder contar com o guardião Simon Moore (habitual suplente) e teve mais um dia de descanso que o City para este jogo, factor que deve ser tido em conta.
Onze Provável: Henderson, Basham, Egan, O’Connell, Baldock, Stevens, Fleck, Norwood, Lundstram, McGoldrick, Mousset
O Sheffield ainda não perdeu fora de portas, mas também ainda não teve nenhuma deslocação tão exigente quanto esta ida até ao Etihad. Os “Blades” até poderão complicar a vida ao City, mas é provável que os três pontos fiquem no Etihad, não obstante a “traumática” derrota do conjunto da casa na visita ao Wolves.