Lituânia – Itália (Eurobasket)
O segundo dia dos quartos-de-final do Eurobasket reservam-nos dois encontros de bom nível. Naquele que merece o nosso foco, a Lituânia, equipa que demonstrou bastante solidez nesta prova, encontra a Itália, que vem alternando fabulosas exibições com dias menos bons. Enquanto os lituanos podem sofrer da juventude de alguns dos seus elementos, na equipa italiana o problema principal está no jogo interior. Mas, tal como demonstraram frente à Espanha, por exemplo, as suas fragilidades podem ser ultrapassadas pelas suas forças, já que com jogadores como Datome ou Gentile, tudo pode acontecer dentro de um campo de basquetebol.
Na seleção da Lituânia não se pode falar, propriamente, de estrelas, tendo em conta o caráter coletivista que vai tocando este conjunto nas diferentes partidas. Ao mesmo tempo, diferentes personagens principais vão sobressaindo consoante as partidas, criando uma especial dificuldade de planeamento defensivo para quem quiser parar os lituanos. Kalnietis é a figura em maior destaque, mostrando-se como um base que está em todas as situações com bastante qualidade, enquanto Kleiza e Valanciunas dão altura e qualidade às movimentações mais próximas da tabela. Depois, um conjunto de diferentes jogadores vão oferecendo muitas soluções à equipa, seja na forma como procuram o jogo exterior, com Seibutis e Maciulis, seja com a forma aguerrida como se destacam no jogo interior, como faz Kuzminskas. Sendo uma equipa difícil de ultrapassar, os lituanos parecem partir com algum favoritismo para este encontro.
Do lado de Itália, ainda que o seu técnico, Pianegiani, insista num estilo de jogo muito estudado e com pressão defensiva a funcionar como ponto de partida para ataques rápidos, as qualidades dos seus jogadores tendem a promover um jogo um pouco mais caótico, o que se vai refletindo em jogos bem menos conseguidos. Ainda assim, Datome e Gentile são dois jogadores com um talento bem acima da média, que provocam muitos desequilíbrios, e que vêm sendo muito bem acompanhados por Marco Belinelli e Pietro Aradori. A falha desta equipa está claramente no jogo interior, onde Bargnani faz imensa falta e Marco Cusin não chega para todas as encomendas, sendo que Melli é claramente uma opção sem condições para ocupar uma posição interior a este nível. Assim, aos italianos, restará contar no seu talento e inspiração para vencer o jogo. Se conseguirem demonstrar entusiasmo, poderão tornar-se um osso bem duro de roer para os lituanos.
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No outro encontro do dia, a Croácia esperará confirmar-se como uma das equipas mais fortes deste Eurobasket, tendo, para tal, que ultrapassar a Ucrânia, a surpresa destes quartos-de-final. Bojan Bogdanovic é uma máquina de marcar pontos, sem dúvidas, mas é o conjunto de atletas como Tomic, Simon e Ukic que vão permitindo que os croatas cresçam de jogo para jogo, contando ainda com muitas opções no banco para conseguir manter um elevado ritmo competitivo. Do lado dos ucranianos, Mike Fratello vai conseguindo retirar o melhor de um conjunto de jogadores de quem não se esperava tanto. Gladyr e Pooh Jeter são as figuras principais de um grupo que escolhe lançamentos como ninguém. Forte capacidade dos ucranianos para se superarem, característica que poderá voltar a revelar-se neste jogo e significar, eventualmente, uma presença inesperada nas meias-finais.
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