KK Cibona – SL Benfica (FIBA Europe Cup)
Após o fim da primeira volta do Grupo B da FIBA Europe Cup, o Benfica está obrigado a fazer contas para avaliar as suas possibilidades de continuar em prova. Neste momento, os encarnados são terceiros classificados com apenas um vitória em três jogos disputados. Frente ao Cibona, têm a possibilidade de assegurar que continuarão a depender apenas de si. Para tal, terão que vencer, seguindo-se dois jogos em casa frente ao Sopron e ao Antwerp Giants. Em caso de derrota, ficará praticamente impossível ao Benfica esperar conseguir em prova, até porque o conjunto belga que lidera o Grupo demonstrou ser o mais forte, até agora. Pressão extra para a equipa de Carlos Lisboa num Pavilhão que pertence à história do basquetebol europeu.
O Drazen Petrovic Basketball Center, em Zagreb, é a casa do Cibona, clube onde se formou essa lenda do basquetebol europeu e onde o seu irmão é, atualmente, o Presidente. A sua missão passa por conseguir voltar a levar o clube ao convívio dos grandes europeus, começando, por baixo, essa reconstrução. Na Liga Adriática, a equipa continua com dificuldades, somando quatro vitórias em dez encontros e continuando na segunda metade da tabela. Ainda no passado fim-de-semana, na deslocação ao pavilhão do Mega Leks, a equipa voltou a sofrer uma derrota. Já nesta competição, ao conseguir bater o Sopron, depois de ter vencido também no Pavilhão do Luz, o Cibona consegue manter o segundo lugar. O que se viu no jogo em Lisboa foi que o Cibona, com um ritmo de jogo mais elevado, conseguiu superiorizar-se, sobretudo na segunda parte. Mas não deixou totalmente marcado que é muito superior aos encarnados.
Cabe, então, ao Benfica, conseguir em Zagreb aquilo que não conseguiu em casa: bater o Cibona. A equipa encarnada domina a seu bel-prazer na Liga Portuguesa e vem aproveitando para dar rotação ao seu plantel. A equipa está, também, mais fortalecida, com o ingresso de Ivica Radic e com Fred Gentry a voltar aos jogos, com três minutos jogados na derrota em Antuérpia, a semana passada. De qualquer maneira, Carlos Lisboa deverá voltar-se para os suspeitos do costume, se quiser parar a equipa croata. Daequan Cook, com o seu tiro exterior, terá que estar numa noite de inspiração, enquanto Jeremiah Wilson é o jogador com maior capacidade de desequilibrar dentro da área pintada. Cláudio Fonseca é uma boa opção para lutar nas tabelas, enquanto Carlos Andrade tem a experiência que vários dos seus colegas não conseguem apresentar. No jogo exterior, a rotação entre Mário Fernandes, Nuno Oliveira e Tomás Barroso deverá focar-se, sobretudo, em parar a maior ameaça ofensiva do adversário, enquanto João Soares pode ser uma boa opção para impor agressividade a partir do banco.
Depois de perder em Lisboa por 4 pontos, o Benfica viaja com a missão de vencer por 5 ou mais pontos.
O favoritismo estará do lado do Cibona, mas a equipa encarnada, com mais opções, poderá conseguir lutar pelo resultado, assim apresente a sua rotação mais larga e não decaia de produção, sobretudo, no terceiro período.