Khimki Moscow Region – Olympiacos (Euroleague)
Jogo fundamental para as duas equipas, sendo que apesar de nenhuma delas conseguir já garantir o apuramento em caso de vitória, quem perder poderá mesmo ficar pelo caminho num grupo em que restam, basicamente, três lugares para cinco candidatos. O Laboral Kutxa, no entanto, tem uma enorme vantagem sobre os restantes candidatos, porque tem já oito vitórias, ao contrário das seis vitórias que têm todas as restantes equipas do “pelotão” perseguidor.
No que toca a estes dois conjuntos, como dito, uma vitória coloca-os em boa posição para seguir para o playoff, mas não lhes garante o apuramento. Em caso de derrota do Khimki, fica afastado 1) se o Real Madrid vencer ou 2) se o Laboral Kutxa vencer e o Barcelona ultrapassar o Brose Baskets por mais de 10 pontos. Já o Olympiacos, perdendo, ficará de fora se o Real Madrid ou o Brose Baskets vencerem. Daí que aquilo que acontecer em Moscovo terá implicações, ou sofrerá, com os resultados dos outros jogos, fazendo-se deste jogo uma espécie de ante-sala das decisões que se tomarão na próxima semana.
O Khimki Moscow Region tem o benefício, mas também a pressão, de jogar perante o seu público. Benefício porque o apoio dos adeptos nunca será demais, mas pressão porque sente que, em casa, estará mais obrigado a conseguir a vitória. A pressão também aumentará tendo em conta que, em termos de investimento, o plantel do Khimki estará entre os que mais recursos convocam. Ainda assim, olhando para este Top 16, o percurso do Khimki em casa foi quase perfeito, perdendo apenas para o Real Madrid e vencendo todos os outros jogos disputados em Moscovo. A outra vitória aconteceu na semana passada, em Zalgiris, e poderá dizer-se que terá salvo as ambições da equipa, prolongando-as por mais uma semana. Deixar todas as decisões para o seu pavilhão é um caminho bem complicado para atingir o sucesso na Euroleague. Alexey Shved tem feito valer o facto de ser o jogador mais bem pago da Europa, liderando um plantel que tem em Tyrese Rice e James Augustine as duas peças com mais regularidade na prova. Zoran Dragic, Petteri Koponen, Sergey Monya ou Tyler Honeycutt são apenas uma parte dos grandes nomes que fazem parte desta equipa.
O Olympiakos domina na Liga Grega, onde só perdeu um jogo durante toda a época, mas tem sentido enormes dificuldades no Top 16, depois de uma primeira fase da Euroleague onde esteve, também, a alto nível. Mas nesta fase a equipa tem revelado uma enorme inconstância em termos de resultados, ora perdendo frente a equipas mais fragéis, ora vencendo nos pavilhões dos mais fortes, como aconteceu com o Laboral Kutxa. As duas vitórias em casa, perante o Zalgiris e o Real Madrid, relançaram as esperanças dos gregos, que têm, no entanto, dois jogos complicadíssimos para comprovar e reservar o seu lugar no playoff, frente às duas equipas russas do grupo. A experiência de Georgios Printezis e Vassilis Spanoulis vai garantindo boa resposta nestes encontros, com os norte-americanos Daniel Hackett, Othello Hunter e DJ Strawberry a fornecerem, também, um extra de qualidade.
O historial de confrontos entre estas duas equipas dão vitórias ao Olympiacos nos últimos quatro confrontos entre ambas.
05.02.16 | Euroleague | Olympiakos | Khimky M. | 89 : 77 |
04.04.13 | Euroleague | Olympiakos | Khimky M. | 79 : 70 |
15.02.13 | Euroleague | Khimky M. | Olympiakos | 82 : 87 |
A tendência está marcada, mas o facto do Khimki se demonstrar quase insuperável quando joga em casa neste Top 16, poderá ajudar a mexer nas contas do Olympiacos, a equipa que ficou com o pior calendário para decidir a entrada no playoff.