Kei Nishikori – Novak Djokovic (ATP Masters Madrid)
Ao bater, pelo terceiro ano consecutivo em Madrid, David Ferrer, o japonês foi o primeiro a reservar vaga nos quartos de final do Mutua Madrid Open. Agora terá que medir forças com o número dois mundial, Novak Djokovic. Ainda sem deslumbrar, o sérvio saiu por cima no duelo com Feliciano López, e notou-se pelo menos uma atitude mais combativa da parte do antigo líder do ranking. Os dois reeditam a meia-final de há um ano, que levaria Nole ao jogo do título.
Nas últimas três edições Kei Nishikori foi pelo menos à meia-final do Masters de Madrid. Em 2014 perdeu a final frente a Rafa Nadal, nos seguintes caiu nas semifinais, às mãos de Andy Murray e Novak Djokovic, respetivamente. Curiosamente, o tenista japonês completou outra tríade curiosa para marcar encontro com o segundo do ranking. Pelo terceiro ano consecutivo Nishikori eliminou David Ferrer (6-4, 6-3) na Caja Mágica, impedindo o veterano tenista espanhol se somar as sete centenas de vitórias individuais no circuito. Foi um embate jogado a partir do fundo do court, de parte a parte, e o oitavos tenista mais cotado da hierarquia mundial esteve sempre muito sólido no seu jogo.
Kei Nishikori já foi a duas finais esta temporada mais ainda não somou nenhum título ao palmarés individual. Em Brisbane foi superado por Grigor Dimitrov (6-2, 2-6, 6-3) e em Buenos Aires o triunfo coube a Aleksandr Dolgopolov (7-6, 6-4). Na passagem pelos Masters 1000 dos Estados Unidos o nipónico foi absolutamente consistente. Caiu nos quartos de final tanto em Indian Wells – frente a Jack Scok (6-3, 2-6, 6-2) – como em Miami – diante de Fabio Fognini (6-4, 6-2).
Ultrapassar Feliciano López (6-4, 7-5) foi um teste duro para Novak Djokovic. Longas trocas de bola e muita experiência acumulada de quem sabe que vencer em terra batida é um jogo de estratégia e paciência. O sérvio ainda não chegou a deslumbrar mas os embates com Nicolas Almagro (6-1, 4-6, 7-5) e López foram desafios exigentes nos quais encontrou dificuldades mas encontrou soluções para as superar. Foi, contudo, evidente uma transformação na sua atitude dentro de court. Na quinta-feira Novak Djokovic foi muito mais efusivo nos festejos de cada pancada decisiva, ao contrário da véspera, em que parecia demasiado preocupado com o jogo que não lhe saía. A abrir o segundo parcial o número dois mundial conseguiu defender o único ponto de break que enfrentou na partida e nunca se deixou afetar pelo facto do espanhol estar a servir com grande eficácia.
Parece quase inacreditável por aquilo a que nos habituou nas últimas temporadas mas Novak Djokovic ainda não conquistou nada de monta esta época, à parte o torneio de Doha, logo a abrir o ano. Para alguém que costumava limpar Grand Slam’s e Masters de forma consecutiva, claro que causa apreensão, sobretudo para o próprio. Mas como o sérvio disse ainda há dias, ele não deixou simplesmente de saber como jogar ténis. Só tem que se reinventar nele, um processo que ele viu acontecer a outros monstros sagrados da modalidade.
Djokovic defende em Madrid o título conquistado há um ano, ao bater Andy Murray em três sets (6-2, 3-6, 6-3).
2016 | ATP World Tour Finals | Djokovic | 2 | 6 | 6 | SF | |
Nishikori | 0 | 1 | 1 | ||||
2016 | Masters de Toronto | Djokovic | 2 | 6 | 7 | F | |
Nishikori | 0 | 3 | 5 | ||||
2016 | Masters de Roma | Djokovic | 2 | 2 | 6 | 7 | SF |
Nishikori | 1 | 6 | 4 | 6 | |||
2016 | Masters de Madrid | Djokovic | 2 | 6 | 7 | SF | |
Nishikori | 0 | 3 | 6 |
Novak Djokovic venceu os últimos dez confrontos com Kei Nishikori. Só em 2016 foram seis. Um dos quais, na meia-final do Mutua Madrid Open, que o sérvio venceu em sets diretos (6-3, 7-6) a caminho do título.