Kei Nishikori – Julien Benneteau (ATP Malásia)
Perspetiva-se final interessante, amanhã, para encerar o Open da Malásia. Julien Benneteau superiorizou-se ao segundo cabeça-de-série, Ernests Gulbis, e garantiu a sua terceira presença consecutiva na disputa pelo título em Kuala Lumpur. Kei Nishikori não deixou os seus créditos por mãos alheias e afastou Jarkko Nieminem como era expetável. A terceira será a conta certa para o gaulês, ou será o nipónico a sair da Malásia com mais um titulo de carreira?
Pelo terceiro ano consecutivo o francês Julien Benneteau qualificou-se para a final do Open da Malásia. Fê-lo afastando o segundo cabeça de série, o letão Ernests Gulbis, décimo terceiro do ranking ATP, em dois sets sem resposta (6-4, 6-4). Não deixa de ser significativo verificar que nas quatro ocasiões em que se cruzaram em court Julien venceu sempre, apesar de menos cotado. O número vinte e oito mundial começou o percurso em Kuala Lumpur defrontando e levando de vencido o jovem sérvio de vinte e dois anos Filip Krajinovic (6-4, 6-3). Seguiu-se o urugaio Pablo Cuevas, n.º 37 do mundo, que exigiu um pouco mais de esforço da parte de Benneteau, forçando a um tie-break no segundo set (6-3, 6-7, 6-4). Foi também a única vez que o francês se viu obrigado a mais de dois parciais para fechar a partida.
Este é um torneio que cai bem ao gaulês, pelo menos até ao jogo do título. Em 2012 perdeu a coroa para Juan Mónaco (7-5, 4-6, 6-3); no ano passado a desfeita coube ao português João Sousa, que lhe arrebatou o troféu com os parciais de 2-6, 7-5 e 6-4. O mais curioso é que Benneteau ainda não conquistou nenhum título ATP em singulares. À terceira será de vez?
Passemos em revista os momentos altos de Julien Benneteau em 2014. Atingiu os oitavos-de-final em Toronto, onde depois de afastar Gulbis foi eliminado por Milos Raonic (6-3, 4-6, 6-4). Chegou aos quartos no Masters 1000 de Indian Wells, caindo às mãos do número um mundial, Novak Djakovic (6-1, 6-3). Foi ainda semifinalista em Cincinnati, frente ao espanhol David Ferrer, que progrediu até à final, despachando o francês com os parciais de 6-3 e 6-2. Na ronda anterior Benneteau tinha posto fora Stanislas Wawrinka, depois de ter perdido o primeiro set (1-6, 6-1, 6-2).
Benneteau fez ainda parte do quarteto – Richard Gasquet, Jo-Wilfried Tsonga e Gael Monfils – que apurou a França para a final da Taça Davis, ao bater a bicampeã República Checa.
A aposta da organização do torneio malaio em trazer a estrela nipónica para cabeça-de-cartaz já compensou. Kei Nishikori, oitavo tenista mais cotado do circuito, chegou e encantou os adeptos, com enchentes fora e dentro do recinto. As bilheteiras foram as primeiras a assinalar a popularidade do japonês e Kei não defraudou. Tem varrido as eliminatórias com o empenho e superioridade que o seu estatuto antecipava. Rajeev Ram foi o primeiro sacrificado (6-2, 6-3). O australiano Marinko Matosevic sofreu igual sorte, não tendo sido capaz, em nenhum momento, de colocar dificuldades ao adversário. O “pneu” do primeiro parcial demonstra que Kei não está na Malásia para passear. O segundo foi só a confirmação de uma passagem anunciada (6-0, 6-3). Na meia-final foi a primeira vez que o tenista asiático cedeu um set e portanto foi obrigado a um terceiro parcial para selar a vitória (6-3, 4-6, 6-2). Mas não passou disso, um percalço mínimo.
Agora Nishokori e Benneteau defrontar-se-ão pelo título de Kuala Lumpur. Os dois já se mediram em três ocasiões: em Washington em 2007, vitória do francês (6-2, 6-3); no Open da Austrália de 2013 e no Masters de Paris no ano seguinte, ambos caíram para o lado do japonês, por 3-1 e 2-o, respetivamente.
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