Karen Khachanov – Jo-Wilfried Tsonga (ATP de Lyon)
Karen Khachanov bateu o australiano Jordan Thompson para se atravessar no caminho do segundo cabeça de série, Jo-Wilfried Tsonga. É a segunda vez no espaço de um mês que o jovem russo de vinte e um anos alcança os quartos de final de um ATP 250. A terra batida cai-lhe bem. Será apenas a quarta partida do tenista francês na superfície que, para ultrapassar Carlos Berloq, esteve quase duas horas e meia em court.
Karen Khachanov voltou a marcar posição na temporada de terra batida. O russo de vinte e um anos, atualmente na quinquagésima quarta posição do Ranking ATP, marca presença nos segundos quartos de final de um torneio em pó de tijolo no espaço de um mês. Em Barcelona ele superou obstáculos credenciados como Thomaz Bellucci (6-3, 6-4), Pablo Cuevas (7-6, 7-6) e David Goffin (6-7, 6-3, 6-4), antes de cair vítima de Horacio Zeballos (6-4, 6-1). No Open Parc Auvergne-Rhône-Alpes de Lyon já teve que se desembaraçar do lucky looser Renzo Olivo (6-2, 6-4), na ronda inaugural, e do australiano Jordan Thompson (6-2, 7-6). O adversário dos oitavos de final entregou o primeiro set em praticamente trinta minutos, com dois breaks consecutivos. Mas deu tudo o que tinha no último parcial, mesmo depois de perdido o serviço no jogo de abertura. Khachanov reagiu forte ao contrabreak, no quarto jogo e daí em diante os seus serviços foram resolvidos a 40-0 ou 40-15. No tie break o russo continuou imperturbável, a servir ou a responder.
Este será a quarta partida de Jo-Wilfried Tsonga em terra batida. O tenista francês, décimo terceiro mais cotado do circuito profissional, caiu à primeira tentativa no Masters 1000 de Monte Carlo, frente ao compatriota Adrian Mannarino (6-7, 6-2, 6-3), e em Madrid foi obrigado a abandonar na segunda ronda, com problemas musculares no ombro que começaram no confronto com Kuznetsov 7-6, 6-7, 7-5), e nem chegou a entrar no court para defrontar David Ferrer. Em consequência e por precaução retirou o nome do Masters de Roma. Dava jeito levar o percurso até ao fim em Lyon para enfrentar Roland Garros com o andamento necessário. Duas semanas de competição ao mais alto nível não é tarefa fácil.
Tsonga até vinha animado do início de temporada. Foi aos quartos de final no Major australiano, onde só Stan Wawrinka (7-6, 6-4, 6-3) foi capaz de o travar e no mês seguinte conquistou dois títulos consecutivos, em Roterdão e Marselha, vencendo nas respetivas finais David Goffin (4-6, 6-4, 6-1) e Lucas Pouille (6-4, 6-4). Mas teve uma saída precoce em Indian Wells, barrado por Fabio Fognini (7-6, 3-6, 6-4), e desde competiu muito pouco.
Na sua estreia no Open Parc Auvergne-Rhône-Alpes de Lyon o francês apanhou pela frente outro veterano, especialista na superfície. O pico do argentino Carlos Berloq talvez já tenha passado mas continua a ser um adversário traiçoeiro em terra batida. Tsonga precisou de quase duas horas e meia para o afastar, depois de ter perdido o primeiro e renhido primeiro set no tie break (6-7, 6-2, 6-3). Agora o tenista gaulês enfrenta um opositor onze anos mais novo, desejoso de se afirmar, que passou menos uma hora em court nos oitavos de final. Algum desgaste e falta de ritmo de Tsonga podem ser compensados com a experiência acumulada, ou não?
Khachanov e Tsonga nunca se enfrentaram antes.