Kansas City Chiefs – Pittsburgh Steelers (NFL)

Este talvez seja o jogo mais imprevisível desta ronda divisional dos Play-offs. Os Pittsburgh Steelers visitam o Arrowhead embalados pela exibição arrasadora do último fim de semana. Miami não teve como minimizar os estragos do triunvirato Roethlisberger-Bell-Brown. Os três a jogar juntos são praticamente imparáveis. Mas os Chiefs não só jogam em casa como têm uma defesa poderosa, que se especializou no pass rush. E contam com o registo de Andy Reid: dezanove vitórias e três derrotas nos play-offs depois de uma semana de descanso. Impressionante.

Os Kansas City Chiefs vieram de trás para reclamar o título da AFC Oeste, com o mesmo registo que os rivais Raiders (12-4). Foia a diferença entre ter que jogar a ronda dos wild-cards ou ter uma semana de descanso da competição. Além da importância que tem este tempo extra de pausa, e os Chiefs tinham uma quantidade de jogadores maltratados pela temporada, como Spencer Ware ou Jeremy Maclin, proporciona também uns dias a mais preciosos para Andy Reid fazer a sua magia. O velho treinador dos Chiefs tem um registo impressionante. Em jogos dos play-offs, ocorridos após uma semana de descanso, conta dezanove vitórias e apenas três derrotas. Quem lhe acompanha a carreira não estranha. Há treinadores que têm a capacidade de ler o jogo e reagir quase de improviso. São os que sacam coelhos da cartola nos segundos finais. Reid é péssimo nessas situações. Aquilo em que ele brilha é na preparação, na antecipação dos detalhes. Desta vez ele teve duas semanas para pensar e trabalhar a melhor forma de derrotas os Steelers, equipa que inclusive já defrontou durante a temporada regular. Mesmo sem Derek Johnson Kansas City continua a ser uma defesa que força muitos turnovers. Foram oito nas últimas três semanas, o período que ele leva lesionado. Os trinta e oito sacks da linha defensiva dão bem sinal da competência desta linha defensiva no que respeita ao pass rush.

Alex Smith sempre foi visto como um quarterback de gestão, não um protagonista capaz de fazer a diferença no ataque. Mas este ano, seja por acréscimo de confiança ou porque ter armas como Ware, Kelce ou Hill o libertam, tem conseguido contribuir mais para o equilíbrio da equipa.

Pela primeira vez os Pittsburgh Steelers têm Ben Roethlisberger, Le’Veon Bell e Antonio Brown todos saudáveis e jogar juntos nos play-offs. Este é um trio praticamente imparável e os Dolphins (30-12) experimentaram isso mesmo no passado fim de semana. Big Ben abriu a contenda procurando Brown com passes longos – dois touchdowns e uma soma de cento e doze jardas para o wide receiver só nesses lances – e depois foi por Bell a fazer o seu característico bailado. Antes dos Steelers levantarem o pé do acelerador Le’Veon Bell chegou a fazer dez corridas consecutivas, mesmo em jeito de provocação à defensiva de Miami. O que ele faz, as hesitações, os avanços intercalados de pausas para esperar pelos bloqueios, são extraordinários. Mas só podem acontecer porque há uma linha ofensiva em que confia para criar essas aberturas.

Roethlisberger apareceu na conferência de imprensa posterior com uma proteção no tornozelo mas não será nada de mais. O quarterback pareceu um pouco nervoso no jogo domingo.

2016	Pittsburgh Steelers	Kansas City Chiefs	Heinz Field	43-14
2015	Kansas City Chiefs	Pittsburgh Steelers	Arrowhead Stadium	23-13
2014	Pittsburgh Steelers	Kansas City Chiefs	Heinz Field	20-12

As duas equipas defrontaram-se a 2 de outubro em Pittsburgh (43-14) e os Steelers arrasaram os Chiefs. Mas pouco se pode tirar desse jogo. Chovia muito e Kansas City não pode contar nesse dia com Spencer Ware e Jeremy Maclin, ambos lesionados. Desta vez as condições climatéricas também devem ser duras – em vez da chuva deve ser neve e vento – ao ponto da NFL ter adiando o jogo da hora do almoço para o ínicio da noite, tendo em conta as informações meteorológicas.