Juan Martin del Potro – Stan Wawrinka (Wimbledon)
Dois anos e meio depois da última participação num torneio do Grand Slam, Juan Martin del Potro, voltou a vencer uma partida num Major. O argentino estava radiante pelo triunfo em sets diretos, particularmente pelo facto de poder falar de ténis, ao invés das lesões. Marcou encontro com Stan Wawrinka, que na primeira ronda enfrentou resistência do tenista mais jovem em prova, o norte-americano Taylor Fritz.
Em 2013 Juan Martin del Potro foi semifinalista em Wimbledon, afastado nessa altura por Novak Djokovic em cinco sets (7-5, 4-6, 7-6, 6-7, 6-3). Ontem voltou a competir na relva do All England Club para vencer em sets diretos o veterano Stephane Robert (6-1, 7-5, 6-0). Foram dois anos de fora do circuito, três cirurgias aos dois pulsos, e até, a certa altura, a ideia de abandonar a modalidade. Conseguir voltar a participar no quadro principal de um torneio do Grand Slam, quase novecentos dias depois de ir a jogo no Open da Austrália de 2014, é uma vitória gigantesca. O tenista argentino diz que ainda não se sente muito seguro na resposta ao serviço mas em tudo o resto está satisfeito com o seu jogo, dadas as circunstâncias. Disse ainda que era muito bom sentir que se podia levantar de manhã, preparar o seu treino e trabalhar sem limitações. Ao invés do que foi o seu dia a dia durante os últimos dois anos e meio, em que a primeira preocupação era a lesão e a sua condição para fazer o que quer que fosse.
Em 2016 Del Potro alcançou as meias-finais em Delray Beach, onde foi barrado por Sam Querrey (7-5, 7-5). Há três semanas, em Estugarda, já em relva, o argentino, agora centésimo sexagésimo quinto do ranking ATP, também atingiu o mesmo patamar. Kohlschreiber (6-3, 6-4) foi o carrasco que lhe impediu a progressão mas nas rondas anteriores tinham tido sucesso frente a Dimitrov (6-4, 6-2) e Gilles Simon (6-7, 6-3, 6-0).
Stan Wawrinka encontrou resistência na estreia em Wimbledon. O adversário da primeira ronda foi o mais jovem tenista ainda em prova, Taylor Fritz. O norte-americano de dezoito anos não se encolheu frente ao quinto da hierarquia mundial e mante-se taco a taco com o suíço ao longo do primeiro set. Perdeu no tie break afetou a sua confiança mas ao terceiro parcial lá estava ele de volta à luta. Por esta altura Wawrinak também colaborava, perdendo a concentração e fazendo mais erros do que seria admissível para alguém do seu nível e experiência. Desta vez perdeu no tie break e viu-se forçado a um quarto e decisivo set. No final o tenista mais cotado elogiou a qualidade geral do jovem oponente, realçando que apesar da idade já apresenta pancadas muito fortes.
Stan já conquistou três títulos esta temporada – em Chennai, Dubai e Genebra – mas apenas em torneios de menor dificuldade e frente a adversários acessíveis – Coric, Baghdatis e Cilic, respetivamente.
Em Roland Garros, onde defendia o título de 2015, não foi capaz de ultrapassar Andy Murray (6-4, 6-2, 4-6, 6-2) na semifinal. E no Open da Austrália, que conquistou em 2014, não foi além dos oitavos de final, caindo às mãos de Milos Raonic (6-4, 6-3, 5-7, 4-6, 6-3). Mas em se tratando de Wawrinka sabemos que, a qualquer altura, pode engatar e ninguém o para.
2012 | Estoril Open | Del Potro | 2 | 7 | 6 | SF | |
Wawrinka | 0 | 6 | 4 | ||||
2009 | Masters de Madrid | Del Potro | 2 | 4 | 6 | 6 | R16 |
Wawrinka | 1 | 6 | 4 | 4 | |||
2009 | Masters de Roma | Del Potro | 2 | 6 | 6 | 6 | R16 |
Wawrinka | 1 | 2 | 7 | 3 |
Del Potro ainda lidera o histórico de confrontos (3-2). O último, ganho pelo argentino, foi em 2012, no Estoril Open. Curiosamente, o único duelo que disputaram em relva foi vencido pelo suíço.