João Sousa – Janko Tipsarevic (Roland Garros)
João Sousa abre a sexta participação no Major parisiense frente ao veterano Janko Tipsarevic. O momento de forma do tenista português, que chega a Paris depois de seis derrotas consecutivas, não é o melhor. A condição do sérvio, que desistiu a meio da semana passada do ATP de Genebra, alegando doença, é uma interrogação. O vencedor deste embate corre sérios riscos de apanhar Djokovic na ronda seguinte.
Esta será a sexta vez que João Sousa participa no quadro principal de Roland Garros. Até ao momento, o melhor que conseguiu foram três presenças na segunda ronda, em 2013, 2015 e 2016. No ano passado o sorteio até parecia ter sido amigo já que Ernests Gulbis (6-2, 7-5, 6-3) está longe do seu apogeu mas o letão resolveu ter uma tarde boa.
O tenista português mais bem cotado de sempre ocupa agora a posição cinquenta e sete do Ranking ATP e está a passar por uma fase menos positiva. Chega a Paris na esteira de seis derrotas consecutivas, o que pesa sempre um pouco no estado anímico. De facto, desde que a temporada europeia de terra batida teve início Sousa só venceu uma partida, na primeira ronda do Masters de Monte Carlo, diante de Florian Mayer (6-3, 6-2). A partir daí não voltou a experimentar a sensação de vitória. E se as derrotas com Pablo Cuevas (6-3, 6-3) em Monte Carlo, Fabio Fognini (6-4, 6-4) no Internazionali BNL d’Italia ou mesmo Horacio Zeballos (7-6, 7-5) em Barcelona eram perfeitamente expectáveis, o mesmo já não se pode dizer da eliminação no Millennium Estoril Open, às mãos do norte-americano Bjorn Fratangelo (6-3, 6-4), um tenista do top-140. Claramente, João Sousa não se dá bem com as expetativas que recaem sobre si no Open português.
Esta sucessão de resultados negativos contrasta com o bom início de temporada que o vimaranense vinha a fazer. Mesmo em terra batida, no circuito sul-americano, Sousa tinha alcançado os quartos de final em Buenos Aires – perdeu com Kei Nishikori (6-1, 6-4) – e a semifinal do Open do Brasil, em São Paulo, onde foi derrotado por Albert Ramos Vinolas (6-7, 7-5, 6-2).
Para Janko Tipsarevic será a décima terceira participação em Roland Garros. O tenista sérvio de trinta e dois anos, que já esteve no top-10, tem como melhor resultado no Major de Paris os oitavos de final de 2012, em que perdeu para Nicolas Almagro. No ano passado, depois de dois anos de ausência, caiu na primeira ronda, quando bateu de frente com Milos Raonic (6-3, 6-2, 7-6).
A condição do número sessenta e um mundial é uma interrogação. Na quarta-feira Tipsarevic abandonou os oitavos de final do ATP de Genebra, onde perdia com o lucky looser Cedrik-Marcel Stebe pelos parciais de 6-4 e 0-1 no início do segundo set, alegando doença, dando assim passagem ao alemão aos quartos de final da prova suíça. Na ronda inicial o sérvio tinha ultrapassado o norte-americano Ryan Harrisson (6-4, 7-6). Genebra foi o único torneio europeu de terra batida em que Tipsarevic participou antes de viajar para Paris. Antes o sérvio tinha disputado e ganho dois eventos challengers em terra batida na China, batendo nas respetivas finais Oscar Otte (6-3, 7-6) e Quentin Halys (6-7, 6-3, 6-4).
João Sousa e Janko Tipsarevic nunca se defrontaram antes. O vencedor do embate corre sérios riscos de atravessar o caminho do número dois mundial, o também sérvio Novak Djokovic.