João Sousa – Albert Ramos Vinolas (Brasil Open)
João Sousa vai ter oportunidade de vingar a eliminação do compatriota e amigo, ao mesmo tempo que luta pela presença na segunda final da temporada. O vimaranense teve uma exibição taticamente perfeita, nas palavras do próprio, frente a Delbonis. Albert Ramos precisou de mais uma hora e meia em court que o português para deixar para trás Pella. Sousa venceu Ramos em janeiro, em Auckland, um torneio que correu de feição ao português.
O número um português precisou de apenas uma hora em court para reservar o seu lugar na segunda meia-final da temporada. Ao bater Federico Delbonis (6-3, 6-1), quinquagésimo quarto da hierarquia, em sets diretos, João Sousa ganha ascendente nos confrontos diretos entre ambos, que agora passa a liderar por três a dois. No final, na conversa com os jornalistas, o vimaranense disse que se sentia em casa e referiu mesmo a importância de ouvir e falar português enquanto compete no circuito. De facto, o número trinta e sete do ranking pareceu estar muito confortável durante a partida, nunca abrindo nunca uma brecha para o argentino explorar. João Sousa venceu todos os seus jogos de serviço e nunca chegou a ter que se defender quando era a sua vez de sacar. Em contraponto, teve cem por cento de aproveitamento nos quatro pontos de break de que dispôs. No primeiro set Delbonis cedeu no quinto e nono jogos; no último foi logo ao segundo e sexto. O tenista português conquistou noventa e um por cento dos pontos com o primeiro serviço.
Será a segunda vez esta época que João Sousa vai disputar uma semifinal. A primeira foi em Aukland, logo a abrir a temporada, onde bateu Marcos Baghdatis (6-1, 7-5) para ir à final com Jack Sock (6-3, 5-7, 6-3).
Este sábado João Sousa terá a oportunidade de vingar a eliminação do compatriota e amigo. Gastão Elias foi afastado por Albert Ramos Vinolas na primeira ronda, em sets diretos. O número dois português ainda forçou a decisão do segundo parcial em tie break mas não conseguiu criar distância suficiente (6-4, 7-6). O adversário da ronda seguinte, Guido Pella (6-3, 3-6, 4-6), foi um osso ainda mais difícil de roer para o tenista espanhol. Só o primeiro set entre ambos durou praticamente que os dois que Sousa jogou com Delbonis. Ao todo, Ramos esteve mais hora e meia em court do que o próximo adversário, o que pode ajudar a causa do vimaranense. A partida foi renhida, com uma quebra nítida de Albert Ramos no segundo parcial. Ao longo de todo o encontro só dois pontos foram ganhos em branco, um para cada lado, testemunho perfeito do equilíbrio em campo.
Albert Ramos iguala assim a sua melhor participação no Brasil Open. Em 2012 foi afastado na meia-final por Nicolas Almagro (6-4, 7-6). Desde então não passou dos oitavos.
O espanhol ocupa o vigésimo quarto lugar do ranking ATP e esta será a terceira vez este ano que atinge uma semifinal. A primeira em Buenos Aires, onde caiu vítima de Paolo Lorenzi, e a segunda foi no ATP 500 do Rio de Janeiro, onde o carrasco foi Dominic Thiem. Curiosamente, o resultado foi o mesmo: 6-1, 6-4.
2017 | Auckland | Sousa | 2 | 6 | 7 | 1R | ||||
Ramos-Vinolas | 0 | 1 | 5 | |||||||
2015 | Masters de Miami | Ramos-Vinolas | 2 | 6 | 6 | 1R | ||||
Sousa | 0 | 2 | 2 | |||||||
2014 | Rio de Janeiro | Sousa | 2 | 7 | 2 | 6 | R16 | |||
Ramos-Vinolas | 1 | 6 | 6 | 3 |
O espanhol lidera os confrontos diretos com o português: quatro vitórias contra duas. Mas João Sousa saiu vitorioso do único que aconteceu esta época, na primeira ronda do já mencionado torneio de Auckland.