Itália – Espanha (Liga das Nações)
A “final-four” da Liga das Nações 2021/22 brindará os adeptos com aqueles que serão, com toda a certeza, quatro grandes espetáculos de futebol. Na primeira das duas meias-finais, Itália e Espanha reeditam o confronto entre si nesta mesma fase do Euro 2020, em julho deste ano.
Análise Itália
À partida para o Euro 2020, pese embora os ótimos resultados que vinha acumulando, a seleção italiana nem sequer constava entre as principais favoritas a erguer o troféu e seleções mais importante do continente. No entanto, os comandados de Roberto Mancini impressionaram pela positiva desde início e rubricaram uma campanha interessantíssima que culminou com um triunfo em pleno estádio de Wembley frente à seleção de Inglaterra. Ao invés de ter ficado em casa (“it’s coming home”), o troféu foi mesmo para a capital italiana (“it’s coming Rome”) e o feliz “trocadilho” dos transalpinos com a famosa música dos The Lightning Seeds nunca fez tanto sentido. Para chegar à final, a Itália deixou pelo caminho algumas respeitáveis adversárias, entre as quais a Bélgica e, claro, esta Espanha. Após um empate a uma bola, a decisão foi para as grandes penalidades e aí foram os pupilos de Roberto Mancini que fizeram a festa.
Mancini assumiu que o teste com Espanha no Euro 2020 foi duríssimo e, escreveu a imprensa italiana, a “La Roja” foi a equipa que melhor conseguiu contrariar o estilo da equipa italiana. Para este compromisso válido pela Liga das Nações, há duas ausências de vulto a registar do lado italiano, ambas no ataque: Ciro Immobile e Andrea Belotti. Face às circunstâncias, Raspadori e Kean foram convocados, mas o atacante que melhor momento atravessa e que integra esta lista de convocados é mesmo Federico Chiesa. Motivação não faltará à “Squadra Azzurra” para abordar este encontro, ainda mais tendo em conta que atuará em casa, nomeadamente em Milão, com o apoio dos seus “tiffosi”.
Onze provável: Donnarumma; Di Lorenzo, Bonucci, Chiellini, Emerson Palmieri; Barella, Jorginho, Verratti; Chiesa, Insigne, Pellegrini
Análise Espanha
A Espanha não chegou à final, mas se o tivesse conseguido, seria tudo menos surpreendente atendendo ao que se passou ao longo de boa parte dos 120 minutos de jogo no relvado de Wembley. A equipa comandada por Luis Enrique “tirou” a bola aos italianos, criou-lhes imensas dificuldades e a equipa poderia muito bem ter garantido o acesso à decisão. Para este encontro, o plano deverá ser em tudo idêntico, com uma Espanha proativa, apostada em assumir o jogo e a geri-lo com bola. Não obstante, se Mancini pode lamentar pelo menos duas ausências de peso no ataque, a realidade é que Luis Enrique também tem queixas a esse nível e em todos os sectores. Jordi Alba continua lesionado, Pedri, titular no encontro com o Benfica na Luz, voltou a lesionar-se e também é ausência confirmada, Dani Olmo também não poderá dar o seu contributo à equipa e, em zona mais adiantada, Álvaro Moreno e Gerard Moreno também ficaram de fora. Ainda que estas baixas não hipotequem por completo as hipóteses espanholas no que concerne à conquista de um resultado positivo, está claro que se tratam de ausências de peso e que condicionarão a forma de jogar da Espanha e sobretudo a possibilidade de Luis Enrique alterar o rumo dos acontecimentos caso algo não esteja a correr da melhor forma.
Onze provável: Unai Simón; Azpilicueta, Laporte, Pau Torres, Reguilón; Koke, Busquets, Fornals; Ferran Torres, Oyarzabal, Sarabia
Dica de Prognóstico
O equilíbrio imperou na meia-final de Wembley e a expectativa é a de que esse cenário se repita em Milão. Frente a frente vão estar duas equipas equilibradas e munidas de imensa qualidade, mesmo com as baixas que se verificam no ataque. A balança pende para o lado italiano, mas qualquer uma das duas seleções tem condições para avançar. Dado que esperamos um encontro nivelado, tendo também em conta as ausências nos ataques das duas equipas, poderemos ter aqui um encontro com poucos golos, tal como em julho.