Hull City – West Ham (Premier League)

Uma partida que se adivinha intensa no KCom Stadium, com as duas equipas sob grande pressão. O Hull City foi goleado em Goodison Park, antes da paragem, mas por aí não vem grande mal ao mundo. É em casa que os Tigers de Marcos Silva têm a sua salvação, se acontecer. O West Ham está num confortável décimo segundo posto mas as três derrotas consecutivas colocam Slaven Bilic em risco.

O Hull City arranca no sábado para o derradeiro trecho da Premier League: tem nove jornadas para se tentar manter no primeiro escalão. Antes da pausa para os trabalhos das seleções, os Tigers sofreram uma goleada em Goodison Park (4-0). Até à expulsão de Tom Huddlestone, aos setenta e três minutos, o Everton vencia com um golo solitário de Calvert-Lewin. Aos setenta e oito Enner Valencia fez o segundo para a formação de Koeman mas foi só em tempo de descontos que o resultado se avolumou, com Lukaku a marcar duas vezes para lá dos noventa. Perda de pontos e a indisponibilidade do médio inglês são as consequências desse encontro. É um contratempo, sobretudo o castigo a Huddlestone, tendo em conta o número de lesões que aflige o plantel do Hull. Mas não virá daí grande mal ao mundo. É nos jogos caseiros que a formação treinada por Marco Silva tem feito a sua resistência e será nesses que tem possibilidade de se salvar. Desde a chegada do novo treinador os Tigers estão imbatíveis em casa, em todas as competições (5V/ 1E). A receção aos Hammers será a primeira dessas finais decisivas.

Uma sondagem feita aos adeptos da casa revelava que noventa e seis por cento queria ver o treinador português apostar, em simultâneo, em Oumar Niasse e Abel Hernández, naquele ímpeto natural de quem sofre por fora de querer “meter toda a carne no assador”. Felizmente, os Tigers têm um técnico muito competente a estruturar a equipa e que já mostrou ser capaz de fazer a leitura do jogo e fazer ajustes pela via das substituições. Mesmo com as limitações de um plantel que tem numerosas lesões de médio e longo prazo. A esperança é que estes quinze dias sem competição tenham permitido aproximar os lesionados da recuperação total. David Marshall volta a ser opção e Michael Dawson foi reintegrado nos treinos de conjunto no final desta semana. O defesa está de baixa desde o início de fevereiro, desde o empate a zero com o Manchester United.

Onze Provável: Jakupovic – Elabdelaoui, Ranocchia, Maguire, Davies, Robertson – Markovic, Meyler, N’Diaye, Clucas – Niasse.

Poder-se-ia pensar que o décimo segundo lugar que ocupa na tabela classificativa seria confortável para o West Ham, sobretudo depois das dificuldades pelas quais a equipa passou até meio da temporada. Mas três derrotas consecutivas – Chelsea (1-2), AFC Bournemouth (3-2) e Leicester City (2-3) – e cinco jogos sem uma vitória (2E/ 3D) para que tudo volte a estar em causa. Há rumores de que Slaven Bilic foi chamado à direção do clube e que o seu lugar estará em risco se somar mais um desaire. O capitão Mark Noble tem sido um dos elementos mais contestados pelos adeptos, ao ponto de outros jogadores se terem manifestado publicamente a seu favor. As lesões também afetam os Hammers. Obiang lesionou-se no tornozelo frente aos Foxes e deve perder o que resta da época. Winston Reid também teve que ser substituído a meio da primeira parte e continua indisponível com um problema na virilha. Michail Antonio foi dispensado da seleção inglesa com uma lesão muscular e também não será opção.

Onze Provável: Randolph – Byram, Fonte, Collins, Cresswell – Kouyaté, Snodgrass – Ayew, Noble, Lanzini – Carroll.

West Ham	1-0	Hull City	Premier League 2016/17
West Ham	3-0	Hull City	Premier League 2014/15
Hull City	2-2	West Ham	Premier League 2014/15

O West Ham venceu três dos últimos cinco confrontos com o Hull City mas foram todos em casa. As duas últimas deslocações ao KCom Stadium redundaram num empate (2-2) e derrota (1-0).