Houston Rockets – Portland Trail Blazers (NBA Playoff – Jogo 2)
Já era esperada que esta eliminatória fosse das mais equilibradas do playoff da NBA desta temporada, mas num ano em que o playoff parece estar louco, a vitória dos Portland no terreno do adversário no encontro inicial da eliminatória não terá tido o merecido impacto. A questão passa agora a ser, com a vantagem do seu lado, será que Damian Lillard e LaMarcus Aldridge serão capazes de mudar o destino e seguir em frente?
O primeiro encontro decidiu-se no prolongamento e, sobretudo, nos lances livres, com Damian Lillard e Joel Freeland a marcarem os cestos decisivos, enquanto James Harden falhava os seus últimos lançamentos, deixando assim escapar uma vitória por apenas dois pontos, já que os Trail Blazers fecharam a partida com um épico 122-120.
Numa análise mais detalhada daquilo que se passou, a melhor percentagem de lançamento da linha de três pontos e lances livres do conjunto de Portland acabaram por ser a resposta num encontro onde o equilíbrio é bem notório nas restantes linhas estatísticas. No que toca a individualidades, LaMarcus Aldridge superiorizou-se com 46 pontos marcados e 18 ressaltos conquistados, enquanto Damian Lillard marcou 31 pontos e somou cinco assistências. Do lado de Houston, James Harden e Dwight Howard marcaram, ambos, 27 pontos, enquanto Chandler Parsons somou 24. No jogo interior, Howard com 15 ressaltos e Terrence Jones com 13 foram também peças essenciais para a equipa. Jeremy Lin foi o único jogador do banco a somar em duplo-dígito, mas nem isso foi suficiente para fazer esquecer uma noite terrível na linha de lance livre, com apenas 65% de aproveitamento, e Dwight Howard a ser uma fragilidade neste índice, já que somou apenas nove dos 17 lançamentos tentados. Acima dos 50%, mas pouco, muito pouco, para um jogo deste equilíbrio.
Para este segundo jogo, os Houston Rockets têm a obrigação de vencer, não podendo permitir que a vantagem se escape, por completo, para terreno inimigo. Para começar, é necessário que James Harden seja mais efetivo na escolha do lançamento. Ao ter somado apenas oito cestos em 28 tentativas de campo, a estrela dos Rockets acabou por oferecer demasiadas bolas ao adversário, apesar do bom trabalho feito pelos seus companheiros no ressalto. Por outro lado, e sabendo que Dwight Howard dificilmente poderá melhorar muito em termos de lance livre, nesta fase da temporada, será importante conseguir controlar esse efeito. É algo de complicado, mas Kevin McHale já sabe com o que conta há muito tempo. Finalmente, o banco poderá oferecer um pouco mais aos Rockets e, para além de Lin, talvez Omer Asik ou Francisco Garcia tenham capacidade para “dar” mais pontos ao seu conjunto.
No que toca aos Portland Trail Blazers, os dados estão lançados. Depois de vencer o jogo um, a equipa entra sem pressão e poderá valer-se disso para chegar perto de uma segunda vitória. Ficou claro que Aldridge e Lillard podem vencer uma partida, mas seria importante poder contar com mais opções para decidir as partidas. Nicolas Batum e Robin Lopez são, essencialmente, jogadores de trabalho, enquanto Wesley Matthews poderá ser essa terceira figura em termos de pontos. Na primeira partida, somou 18 pontos, mesmo tendo feito apenas um dos sete triplos tentados. Se Matthews estiver inspirado, a verdade é que os Trail Blazers podem mesmo tornar-se um problema sério. Ainda assim, o sem pressão pode também ajudar os Houston Rockets a decidir a eliminatória sem dificuldades. Mas nada acabará aqui, para Portland.
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