Houston Dynamo – Orlando City (MLS)
A segunda jornada da MLS abre com um autêntico duelo entre Texas e Florida, com os Houston Dynamo, que começaram a temporada a ganhar, em casa, a receberem os “rookies” de Orlando City. Será um excelente confronto entre uma equipa que apresenta bastante solidez nas suas dinâmicas, aproveitando o facto de ter um onze que, quase na totalidade, já estava com a camisola laranja em 2014, perante os Orlando que vão confiando em Kaká para desbloquear os problemas,que se esperavam, num conjunto que está a enfrentar uma realidade bem diferente daquela a que estava habituado e com um grupo de jogadores cheio de novidades.
Mas não se pense que os Houston Dynamo não têm as suas novidades para apresentar. A equipa mudou de Conferência, tornando-se agora uma equipa do Oeste, tendo também recebido um novo técnico, o irlandês Owen Coyle, que chega para oferecer um toque britânico e um perfume de Premier League ao histórico norte-americano. O ambiente nesta cidade texana sempre foi muito recetivo ao Soccer e, tendo a sua origem resultado de uma transferência de técnicos e jogadores dos antigos San Jose Earthquakes, não espanta que tenham conquistado os títulos de 2006 e 2007. No entanto, a equipa debate-se com dificuldades para regressar aos tempos de glória, ainda que tenha no seu plantel um conjunto de nomes com larga experiência na competição. A figura do ataque é o inglês Giles Barnes, que apesar de ter estado lesionado na pré-temporada, foi chamado ao onze para a partida frente ao Columbus Crew e acabou por marcar o golo decisivo. O hondurenho Boniek Garcia e o veterano Brad Davis são os elementos que criam mais oportunidades, saindo das faixas para o centro do terreno, enquanto Luis Garrido terá uma função muito importante para parar Kaká. Já os laterais Sarkodie e DaMarcus Beasley, outro velho conhecido do Soccer, surgem com imenso perigo pelos corredores laterais, criando situações de vantagem. Deric, o guarda-redes, foi escolhido para a equipa da MLS na primeira jornada e terá nova oportunidade de brilhar em casa.
Onze provável: Deric – Sarkodie, Rodríguez, Taylor, Beasley – Boniek Garcia, Clark, Garrido, Davis – Barnes, Bruin.
Para os Orlando City, a primeira jornada acabou por compensar, já que se o empate não seria o resultado mais desejado, a verdade é que ter o estádio cheio com mais de 62 mil espetadores na sua estreia é um privilégio do qual nem todos se poderão gabar. A partida até foi correndo de feição ao conjunto da Florida, com a equipa a ter mais posse de bola e a procurar mais chegar ao golo, mas as fragilidades defensivas do conjunto de Adrian Heath acabaram por ceder aos New York City FC a oportunidade de marcarem primeiro. Acabou por ser Kaká, já perto do fim, a conseguir o golo do empate, coroando de glória a estreia do brasileiro nesta prova. Para além do internacional brasileiro, que conduz o ataque e distribui o jogo na equipa dos Orlando City, mereceu destaque na jornada de abertura Lewis Neal, um britânico de 33 anos que regressou à equipa depois de a ter representado em 2011, ainda na USL. A sua destreza tática acabou por ser fundamental para assegurar o domínio territorial da sua equipa e o equilíbrio defensivo. Rafael Ramos e Shea, os dois laterais, também têm por prática aparecer bem soltos na frente, prontos a criar perigo, faltando a este conjunto melhores referências dentro da área. A lesão de Martin Paterson fragiliza o setor, sendo que Collin, depois de ver o cartão vermelho na primeira jornada, abre espaço para a estreia de Sean St. Ledger, como titular, na MLS.
Onze provável: Ricketts – R.Ramos, St. Ledger, Hines, Shea – Okugo, Higuita – Molino, Kaká, Neal – Rivas.
Naquele que será o primeiro confronto entre as duas equipas, destaque para a experiência do conjunto de Houston, que começou a vencer na presente edição do campeonato, e parece estar mais preparado para garantir uma vitória. No entanto, com Kaká a comandar o Orlando City, nunca poderemos desprezar as possibilidades da sua equipa.
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