Hapoel Be’er Sheva – Celtic Glasgow (Liga dos Campeões)
O campeão israelita cedeu perante o campeão escocês no encontro da primeira mão, tendo saído derrotado por 2-5 do encontro em Glasgow. A equipa do Hapoel Be’er Sheva falhou o que seria o seu principal objetivo, garantir que poderia chegar à segunda mão com um resultado passível de ser discutido. A desvantagem de três golos deve-se à forma como o Celtic abordou o jogo em sua casa, não deixando que a vantagem se desfizesse na capacidade defensiva dos israelitas, e apostando forte em marcar e não abrandar, de maneira a conseguir afirmar-se como uma equipa de fase de grupos da Liga dos Campeões, uma entrada obrigatória num ano em que a competitividade na Liga Escocesa também irá aumentar.
Em resumo, na primeira mão, o Celtic entrou a matar, com Rogic a chegar ao golo logo aos nove minutos, uma situação que desbloqueava, cedo, a ansiedade dos escoceses e criava uma dúvida existencial ao Hapoel Be’er Sheva, ao ver-se a perder. Mas decisivo para o rumo das coisas acabou mesmo por ser a parte final da primeira parte, quando L. Griffiths marcou por duas vezes, levando os católicos para o balneário com uma vantagem de três golos. Ora, este três golos já tornavam a desvantagem quase impossível de ser recuperada para a equipa do Hapoel. Bachar Barak não mexeu no seu conjunto, no entanto, continuando a apostar no desenho com que tinha abordado o encontro e tentou que, através da mudança de atitude, pudesse ser recuperável o resultado. E, por momentos, foi mesmo, já que à passagem dos dez minutos do segundo tempo, o Hapoel marcou por duas vezes consecutivas, por intermédio de Lúcio Maranhão e Melikson. O jogo parecia regressar ao seu início, ainda que, desta vez, a vantagem passava surpreendentemente para as mãos da equipa visitante. Operadas mexidas nas duas equipas, no entanto, o Celtic conseguiu resgatar a vantagem do intervalo e, com golos de Dembélé e Brown fixou o resultado em 5-2.
Com isto em mente, o Hapoel Be’er Sheva precisa de marcar rapidamente no jogo em sua casa para tentar reativar as esperanças de ainda poder discutir a passagem à fase de grupos. A primeira pergunta que surge é se podemos mesmo imaginar este Hapoel transformar-se numa equipa ofensiva sem que isso signifique abrir as portas para a entrada do Celtic na zona do golo. É a habitual faca de dois gumes que se apresenta nas opções do técnico Bachar Barak, expondo a defesa quando se tenta atacar. A equipa terá pensado nestas questões para tentar abordar da melhor forma o encontro. Depois da viagem à Escócia, já disputou um jogo da primeira jornada da Liga Israelita, frente ao Hapoel Ra’anana, tendo vencido por 2-1 e aproveitando essa confiança para se lançar em busca de um resultado histórico.
Onze Provável: Goresh – Bitton, Taha, William, Davidzada – Hoban, John Ogu – Buzaglo, Melikson, Nwakaeme – Barda.
O Celtic Glasgow está inserido numa gesta que interessa a todos os clubes escoceses. Poder contar com o seu campeão na Liga dos Campeões, beneficiando também de mais pontos para o Ranking da UEFA é algo de essencial para que as equipas escocesas voltem a estar entre os conjuntos que aliam história e presente nas competições europeias. O adversário israelita não facilitou as coisas no jogo da primeira mão, como é óbvio, mas vimos um Celtic que já não víamos há alguns anos, com Brendan Rodgers a impor uma atitude à equipa que a transforma, de facto, num conjunto com poderio europeu. Pelo menos, para atingir o objetivo da temporada, a fase de grupos. Pelo meio, foram ainda ao terreno do St.Johnstone vencer por 4-2 em encontro da Liga Escocesa.
Onze Provável: Gordon – Kustig, Kolo Touré, O’Connell, Tierney – McGregor, Brown – Forrest, Rogic, Sinclair – Griffiths.
Este vai ser o segundo encontro de sempre entre as duas equipas.
O Hapoel Be’er Sheva tentará, obviamente, somar uma vitória, aproximar-se o que puder de desfeitear o Celtic, mas no que toca ao apuramento, parece mais do que certo que são os escoceses quem tem o favoritismo.