Grigor Dimitrov – Gael Monfils (ATP Masters Monte Carlo)
Grigor Dimitrov e Gael Monfils conspiraram para protagonizar a maior surpresa da prova, até ao momento. Desengane-se quem aguardava a reedição da final do ano passado nos quartos de final. A manhã nos courts de Monte Carlo não estava de feição a suíços.
Esperava-se que o duelo entre Grigor Dimitrov e o campeão em título fosse um dos encontros mais renhidos e espetaculares mas as expetativas saíram goradas. E o resumo faz-se numa frase, que até pode ser injusta para o búlgaro. Wawrinka entrou em court muito apático e Dimitrov aproveitou (6-1, 6-2). Não me entendam mal, o décimo primeiro jogador do ranking ATP fez por merecer inteiramente a vitória e mesmo diante da contínua pálida imagem do suíço não facilitou nem baixou o ritmo. Só que do outro lado não estava ninguém, era como jogar contra a parede. Pelo menos no primeiro parcial. É verdade que todos os grandes jogadores têm dias maus mas convenhamos, Stan tem demasiados apagões, logo a seguir a jogos fantásticos. No segundo set houve uma tentativa de reação, mas teria que ter sido muito mais intensa para afetar o então embalado Dimitrov. Cada pontos foi mais disputado, Wawrinka chegou até a fazer um jogo em branco no segundo parcial mas já era tarde demais para reverter o resultado. Grigor Dimitrov esteve apenas cinquenta e cinco minutos em court para garantir a sua passagem aos quartos de final de Monte Carlo, pela segunda vez na sua jovem carreira. Confirma-se que as vitórias nas rondas anteriores foram um empurrão bem-vindo e aproveitado por Dimitrov para encarar o embate com Wawrinka. Primeiro a recuperação frente a Fernando Verdasco (6-4, 4-6, 6-4) e depois a forma convincente como se superiorizou a Fabio Fognini (6-3, 6-4). Para alguém que andava desde o início do ano a sentir-se pouco confortável com o seu jogo, em particular com o serviço, chegar a Monte Carlo e sentir-se competitivo desde o primeiro momento é muito importante.
Ao contrário do seu compatriota, Roger Federer não se ausentou para parte incerta. Foi Gael Monfils que esteve intratável, no melhor sentido possível (6-4, 7-6). Bem fisicamente, muito concentrado e cada vez mais animado à medida que foi ganhando pontos ao número dois mundial. O primeiro set foi dele, sem discussão possível. As condições atmosféricas tornaram o piso mais pesado e mais lento, o que, aliado à cobertura impressionante que Gael faz do court, dificultou muito a vida a Federer. A estatística da partida dá trinta e oito erros não forçados ao suíço mas o que o número não revela é que foram forçados. Monfils nunca permitiu que o adversário se sentisse confortável em campo. A estratégia do décimo oitavo do ranking foi inteligente. Jogar para a esquerda de Fed e esticar os pontos o mais possível, com longas trocas de bola. Federer não foi capaz de entrar mais no court e ser agressivo e passou grande parte do tempo empurrado para lá da linha de fundo. As consequências estão à vista. No segundo set entrou com outra determinação e deu alguma luta mas do outro lado Monfils continuava ao rubro, sem desarmar. Graças a este triunfo surpreendente o francês chega, pela primeira vez, aos quartos de final do Monte Carlo Rolex Masters.
Dimitrov e Monfils contam três confrontos diretos e o francês leva vantagem, ainda que mínima. A vitória do búlgaro, no torneio de Bucareste do ano passado, foi por desistência do adversário, por lesão no tornozelo direito.
2014 | US Open | Monfils | 3 | 7 | 7 | 7 | R16 | |||
Dimitrov | 0 | 5 | 6 | 5 | ||||||
2014 | Bucharest | Dimitrov | 1 | 5 | MF | |||||
Monfils | 0 | 1 | ||||||||
2011 | US Open | Monfils | 3 | 7 | 6 | 6 | 1R | |||
Dimitrov | 0 | 6 | 3 | 4 |
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