Gael Monfils – Pablo Cuevas (Roland Garros)
O público, e não só o francês, respirou de alívio no final do encontro entre Monfils e Schwartzman. Fora precisos cinco sets mas o melhor entertainer do circuito mundial segue para a terceira ronda, onde irá defrontar um Cuevas em grande forma. O uruguaio também teve uma eliminatória complicada, com tie breaks em dois dos quatro sets, para ultrapassar Thiem. Espera-se nova maratona.
É quase impossível não gostar de Gael Monfils – bem, talvez os puristas do ténis e aquelas pessoas que levam tudo demasiado a sério. Ele é interativo, simpático e espetacular. Claro, deve ser exasperante ser seu treinador, por exemplo. Porque sabemos que tem capacidades incríveis – técnicas e atléticas – mas o seu comportamento em court é frequentemente inconstante. Parece ter sempre aquele ar displicente e desengonçado e depois faz jogadas impressionantes. Mais uma vez, quem assistiu ao confronto do francês, ontem, em Roland Garros, não ficou desiludido. Houve suspense – com as constantes alternâncias no comando do marcador –, muito e bom ténis para seguir ao longo de cinco sets e o desfecho pretendido pela grande maioria da assistência. E, claro, não faltaram as jogadas espetaculares por parte do número catorze mundial. Diego Schwartzman foi um digno adversário para acabou por ceder diante do preferido da casa (4-6, 6-4, 4-6, 6-2, 6-3). Monfils fechou o encontro com um ás, o seu vigésimo primeiro ao longo da partida, levando a assistência ao rubro.
No final do encontro o francês reconheceu o óbvio: foi doloroso vencer o argentino. Schwartzman entrou forte e impôs um tipo de jogo que não convinha nada a Monfils e foi preciso encontrar uma estratégia para sair desse aperto, o que demorou algum tempo. E não deixou de agradecer ao público, dizendo que só venceu porque se sentia empurrado pelo apoio que vinha das bancadas.
Já na primeira ronda Gael teve que dar o litro para se manter em prova. O compatriota Edouard Roger-Vasselin pode ter um estatuto bastante mais modesto – há mais de cem posições do ranking a separá-los – mas conhece bem as fraquezas de Monfils e tentou explorá-las.
Pablo Cuevas já cumpriu os mínimos em Roland Garros. Como o uruguaio admitiu na entrevista após o encontro da segunda ronda, ele não queria antes desta fase. Assim, já superou a sua melhor prestação de sempre no Major de França. Nunca antes tinha passado da segunda eliminatória. Mas agora que aqui está, vai lutar por chegar ainda mais longe. O embate entre Cuevas e Dominic Thiem era um dos que prometiam mais no dia de ontem. O vigésimo terceiro tenista do ranking está em boa forma, alcançou recentemente a final em Istambul – que perdeu para Federer (6-3, 7-6) – e ia ter pela frente o jovem austríaco, que se tem vindo a afirmar como um adversário difícil em qualquer superfície. A experiência bateu a juventude, mas foi por pouco. Thiem obrigou a quatro sets, dois deles só foram decididos no tie break e os restantes ficaram em 7-5 (7-6, 7-5, 6-7, 7-5). Na ronda de estreia, o tenista uruguaio teve tarefa mais simples. Também teve que jogar quatro parciais mas depois de ceder o primeiro encontrou o seu caminho e só teve que o levar até ao fim (6-7, 6-3, 6-3, 6-3).
Os dois tenistas só por uma vez se defrontaram em torneios ATP, e o encontro remonta já a 2008, no Open dos Estados Unidos, com vitória do francês por três sets a zero. O vencedor desta eliminatória irá, provavelmente, medir forças com Roger Federer, na ronda seguinte.
2008 | Open dos Estado Unidos | Monfils | 3 | 6 | 6 | 6 | 1R | |||
Cuevas | 0 | 4 | 4 | 1 |
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