Gael Monfils – Grigor Dimitrov (ATP Masters Miami)
O homem-elástico Gael Monfils enfrenta na terceira ronda Grigor Dimitrov. As figuras de topo já abandonaram a segunda metade do quadro principal e há aqui espaço para progredir. O francês teve, até agora, uma passagem sossegada por Key Biscaine mas irá enfrentar o búlgaro animado pela eliminação do número dois mundial. O vencedor deste embate cruza caminho com o sobrevivente do duelo entre Nishikori e Bautista-Agut.
Gael Monfils está a ter, até ao momento, uma passagem muito sossegada pelo Masters 1000 de Miami. Na primeira ronda bateu Tatsuma Ito pelos parciais de 6-3 e 6-2 e na eliminatória seguinte despachou Pablo Cuevas também em sets diretos (6-3, 6-4). Como se vê o francês ainda não perdeu nenhum set nem sequer foi forçado a uma decisão por tie break. O aparente ritmo de passeio tem pelo menos a vantagem de não obrigar o décimo sexto da hierarquia a passar muitas horas em court em Key Biscaine, debaixo de temperaturas e índices de humidade que todos os dias fazem baixas.
Em 2015 o francês igualou aquele que tem sido o seu melhor registo no Masters da Florida: os oitavos de final. Alcançou essa etapa em 2007, 2009 e novamente no ano passado. Esse patamar está mais uma vez atingido, resta saber se é desta que Monfils sobe mais um degrau. Pelo menos. Das figuras de topo do Ranking ATP já só Novak Djokovic resiste nesta etapa do torneio. Federer retirou o seu nome ainda antes de se estrear, Rafa Nadal e Stan Wawrinka caíram cedo e ontem foi o número dois mundial a ficar aquém das expetativas. Deste modo os mais cotados nesta metade inferior do quadro principal são Kei Nishoikori e Milos Raonic, o que abre uma perspetiva mais animadora para outros concorrentes a atingir a meia-final ou mesmo o encontro do título.
Gael Monfils chegou aos quartos de final no Open da Austrália, onde foi travado pelo canadiano Raonic (6-3, 3-6, 6-3, 6-4), o mesmo adversário que lhe barrou o caminho na mesma etapa do Masters de Indian Wells (7-5, 6-3). A melhor classificação do francês foi a final de Roterdão, onde foi suplantado por Martin Klizan (6-7, 6-3, 6-1).
Ontem à noite Grigor Dimitrov foi protagonista da grande surpresa da segunda ronda do Open de Miami. Bem, a responsabilidade é em grande parte de Andy Murray mas houve também muito mérito do búlgaro. O número dois mundial esteve irritadiço ao longo de toda a partida e a surpresa da sua eliminação foi só para quem não acompanhou o que se foi passando em court. O primeiro set seguiu bastante equilibrado e teve que ser decidido em tie break. Chegado aí Dimitrov hesitou e o escocês não perdoou. Mas enquanto o búlgaro reagiu de imediato ao desenlace, o escocês teve umas brancas e rapidamente foi ultrapassado no marcador no segundo parcial. Lá conseguiu recuperar e esteve a um ponto de break de fazer o 5-5, mas deixou-o escapar. A raquete pagou a frustração do britânico, que lhe deu uma coça. Aproveitando o estado de espírito do adversário, Dimitrov manteve-se muito sereno. Murray acabaria por fazer cinquenta e cinco erros não forçados e o búlgaro percebeu que se fosse paciente a frustração do opositor ia acabar por se voltar contra ele. O segundo da hierarquia chegou a estar a vencer por 3-1 no derradeiro set mas depois perdeu os cinco jogos seguintes, permitindo que Dimitrov fechasse o encontro a seu favor (6-7, 6-4, 6-3).
| 2015 | Monte Carlo | Monfils | 2 | 6 | 6 | QF | ||||
| Dimitrov | 0 | 1 | 3 | |||||||
| 2014 | US Open | Monfils | 3 | 7 | 7 | 7 | R16 | |||
| Dimitrov | 0 | 5 | 6 | 5 | ||||||
| 2014 | Bucareste | Dimitrov | 1 | 5 | SF | |||||
| Monfils | 0 | 1 | ||||||||
| 2011 | US Open | Monfils | 3 | 7 | 6 | 6 | 1R | |||
| Dimitrov | 0 | 6 | 3 | 4 |
O francês venceu três dos quatro confrontos que teve com o búlgaro, incluindo o mais recente, no ano passado, nos quartos de final de Monte Carlo.
