Gael Monfils – Dominic Thiem (ATP Masters Indian Wells)
A parte superior do quadro não está tão preenchida de nomes sonantes mas nem por isso deixa de nos oferecer grandes partidas. Gael Monfils passou por John Isner com facilidade e agora tem Dominic Thiem à sua espera. O austríaco encontrou o antídoto apropriado para Mischa Zverev em menos de uma hora.
Gael Monfils tem pontos a defender em Indian Wells. No ano passado, Showman Monfils só caiu nos quartos de final do Masters 1000 da Califórnia, às mãos de Milos Raonic (7-6, 6-3). Este ano, a estreia não se fez sem percalços. O francês perdeu o primeiro set frente a Darian king (3-6, 6-0, 6-1), o tenista de Barbados que está para lá do lugar cento e trinta do ranking. O susto surtiu efeito já que Monfils reagiu vencendo os parciais seguintes de forma esmagadora. Quando defrontou John Isner não teve momentos de distração, já vinha avisado. O gaulês, décimo primeiro do ranking ATP, esteve muito forte no serviço e não permitiu a Isner (6-2, 6-4) qualquer oportunidade para o quebrar ao longo do encontro. Já o norte-americano enfrentou oito pontos de break, três dos quais Gael Monfils conseguiu converter a seu favor.
Gael Monfils chegou aos oitavos de final no Open da Austrália, onde foi afastado por Rafael Nadal (6-3, 6-3, 4-6, 6-4) e nos dois últimos torneios em que participou aguentou até aos quartos. Em Marseille não resistiu ao compatriota Richard Gasquet (6-7, 6-4, 6-2), que haveria de ser finalista vencido, e no Dubai foi derrotado por Fernando Verdasco (6-3, 7-5).
2016 foi um grande ano para Dominic Thiem, o ano da sua afirmação, de entrada no top-10 e a primeira participação nas World Tour Finnals, em Londres. Mas este novo ano começou perro, um pouco aquém das expetativas que o próprio Thiem tinha definido. Aos poucos o austríaco começou a encontrar o seu momento. A conquista do ATP do Rio de Janeiro, no mês passado, batendo para o efeito Pablo Carreño Busta (7-5, 6-4) foi, simultaneamente, evidência desse crescendo e injeção de confiança para o que há de vir.
Para além dos oitavos no Major australiano, onde foi vítima de David Goffin (5-7, 7-6, 6-2, 6-2), o jovem austríaco de vinte e três anos soma quatro quartos de final – em Brisbane, Sidnei, Roterdão e Acapulco. Leva já vinte e dois encontros nas pernas, dezasseis vitórias e seis derrotas. Se compararmos com Monfils, por exemplo, Thiem já jogou o dobro das partidas.
Desde que chegou a Indian Wells a sua prestação tem sido exemplar. Venceu tanto Jeremy Chardy (6-2, 6-4) como Mischa Zverev (6-1, 6-4) sem ceder nenhum set. O alemão, cujo estilo particular de jogo tem desnorteado outros nomes fortes do circuito mundial, não foi capaz de perturbar o número nove mundial. Thiem reconheceu que é complicado jogar com Zverev, e que há que estar muito atento ao posicionamento para não ser apanhado em contrapé pelas subidas à rede do Zverev mais velho. Mas, sempre muito concentrado, o austríaco só evidenciou maiores dificuldades no nono jogo do segundo set, quando desperdiçou cinco match points para fechar a partida. Acabou por só o fazer no seu jogo de serviço seguinte.
No ano passado Dominic Thiem foi afastado nos oitavos de final do Masters 1000 de Indian Wells, pelo menos isso está igualado.
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2016 | World Tour Finnals | Thiem | 2 | 6 | 1 | 6 | |
Monfils | 1 | 3 | 6 | 4 | |||
2016 | Masters de Cincinnati | Thiem | 1 | R16 | |||
Monfils | 0 | ||||||
2015 | Umag | Thiem | 2 | 1 | 6 | 6 | SF |
Monfils | 1 | 6 | 3 | 1 |
Os dois tenistas tem três confrontos diretos anteriores, embora um deles não tenha chegado a acontecer, por desistência de Monfils. Thiem está cem por cento vitorioso, sempre por dois sets a um.