Gabala FK – Panathinaikos (Liga Europa)
No ano em que a equipa do Azerbaijão está, finalmente, a ser capaz de demonstrar resultados dos vários milhões investidos nas últimas temporadas, o sorteio ditar-lhe um confronto com o Panathinaikos no acesso à fase de grupos parece quase um castigo dos céus. Mas depois do Karabakh ter conseguido, no ano passado, atingir essa fase da prova, caberá agora ao Gabala fazer esse esforço e surpreender de novo. Para o Panathinaikos, depois da desilusão da Liga dos Campeões, este jogo não deve ser encarado levianamente, até porque um mau resultado no Azerbaijão poderá ser bem complicado de recuperar na segunda mão.
O Gabala FK, ou Qabala, consoante as traduções do nome original azeri, foi fundado em 1995, tendo mudado de cidade (e de nome) em 2005. Foi só após esta mudança que a equipa subiu à primeira divisão do Azerbaijão e desde cedo alimentou ideias de grandeza que demorou a alcançar. Durante sete temporadas vagueou pelo meio da tabela de uma das ligas mais fracas da Europa, tendo gasto, pelo meio, alguns milhões para contratar um treinador como Tony Adams, figura mítica do Arsenal de Londres. No entanto foi apenas com o russo Yuri Semin, em 2013-14, que atingiria pela primeira vez o pódio, alcançando também a estreia na Liga Europa, o que repetiu na temporada seguinte. Depois de o ano passado ter ficado pelo caminho logo na ronda inaugural, este ano já ultrapassou com sucesso o geórgios do Dínamo Tbilissi, os sérvios do Cukaricki e os cipriotas do Apollon Limassol. Com um plantel onde se pode ver vários jogadores estrangeiros, a equipa agora orientada por Roman Hrygorchuk vive um período de confiança que poderá ajudá-la nesta partida. Já com dois jogos disputados no seu campeonato, pode também beneficiar de um ritmo superior ao seu adversário.
Onze provável: Bezotosny – Rafael Santos, Stankovic, Ricardinho, Sadiqov, Huseynov, Dasdamirov, Gai, Antonov, Zenjov, Dodo.
O Panathinaikos chega a este confronto profundamente tocado pela eliminação da Liga dos Campeões, onde participou na anterior ronda de qualificação. Os gregos viram o Club Brugge, que ultrapassaram no jogo da primeira mão, conseguir recuperar no jogo da segunda mão, com uma contundente goleada por 3-0 a acabar com as esperanças de estar entre os melhores da Europa. Agora, perante uma equipa quase desconhecida no panorama europeu, jogam a sobrevivência na Liga Europa, com a motivação muito afetada e os consequentes riscos que daí advém. Yanis Anastasiou ainda nem começou o campeonato e já parte com este peso da eliminação da Liga dos Campeões frente a um adversário que, apesar de difícil, não tem o mesmo nome que outras grandes equipas da Europa. Berg e Karelis foram os autores dos golos na partida da primeira mão com o Brugge, enquanto Zeca se mantém como titular indiscutível da equipa.
Onze provável: Kotsolis – Wemmer, Tavlaridis, Triandafillopulos, Pranjic – Koutroumbis, Lagos, Zeca – Ninis – Berg, Karelis.
As duas equipas nunca se defrontaram em partidas oficiais.
Favoritismo para o Panathinaikos, mais forte no papel, mas a ter que prestar muita atenção às capacidades do Gabala, que a jogar em casa tentará conquistar alguma vantagem sobre a equipa mais forte.
