França U20 – Inglaterra U20 (Torneio de Toulon)
Confirma-se a final que desde cedo se começou a desenhar. França e Inglaterra, ambas Sub-20, venceram os quatro encontros respetivos da fase de grupos, relegando assim checos e portugueses para a discussão do terceiro lugar. Les Bleuets podem revalidar o título do ano passado mas para os jovens Lions seria um troféu que não conquistam há vinte e dois anos.
A França Sub-20 entrou nesta edição do Torneio de Toulon determinada a chegar, pelo menos, à final. Logo no jogo de abertura bateu o México (1-3) e não mais parou. Os embates com a Bulgária (0-1) e o Mali (1-2) foram ganhos pela margem mínima. A equipa gaulesa mostrou mais de uma vez grande força mental e determinação. Apanharam-se em desvantagem, tanto com os mexicanos como com os malianos, e nunca vacilaram naquilo que eram os seus processos de jogo. Ao chegar ao último compromisso da fase de grupos a França já só precisava de um empate para ir à final. Com isso em mente, Patrick Gonfalone não teve problemas em poupar alguns dos habituais titulares, a começar pelo guarda-redes o Olympique de Marseille. Aliás o selecionador tem feito uma rotação inteligente dos recursos à sua disposição e o facto é que as entradas e saídas não afetam significativamente a prestação do coletivo. Os mais utilizados até ao jogo que decide o campeão do torneio foram, por ordem decrescente de minutos em campo, Dylan Batubinsika (PSG), Sherou Guirassy (Auxerre), Moussa Niahkaté (Valenciennes), Mouctar Daikhaby (Lyon) Alain Confais (Troyes) e Jonathan Bamba (PSG). Ou seja, apesar das alterações estes jogadores proporcionam a espinha dorsal da seleção francesa de sub-20, do eixo da defesa ao homem mais adiantado. Os golos de Salles Lamonge e Bamba, ainda na primeira parte, permitiram à França Sub-20 gerir com segurança a vantagem sobre a República Checa (2-0) no segundo tempo, já a pensar na final.
Onze Provável: Escales – Niakhaté, Diakhabi, Batusinsika, Fulgini, Confais, Kemen, Konaté, Lamonge, Mousset, Guirassy.
Desde o primeiro minuto a Inglaterra Sub-20 não facilitou. E marcou bem a sua posição na partida de estreia, frente ao adversário que prometia maior luta. Um golo isolado de Lewis Baker foi o suficiente para selar o triunfo sobre Portugal (1-0), que viria a ser determinante na classificação final. Tanto Portugal como Inglaterra venceram os restantes três jogos, embora os pupilos de Gareth Southagate o fizessem sempre com maior expressão e capacidade concretizadora, e essa foi a diferença nas contas para passagem à fase seguinte. Os ingleses, só com triunfos – Guiné Conacri (7-1), Paraguai (0-4) e Japão (0-1) – seguiram para o jogo do título. Aos lusos resta luta pelo último lugar no pódio. Os golos foram um dos aspetos em que os jovens britânicos brilharam. Marcaram treze – média superior a três por partida – e só concederam um. Ainda assim, foram vários os marcadores de serviço, todos a contribuir, sendo que o melhor marcador do torneio, até ao momento, é Lewis Baker, com três. Redmond e Loftus-Cheek contam dois cada.
Onze Provável: Pickford – Iorfa, Chambers, Targett, Hause, Chalobah, Redmond, Baker, Ward-Prowse, Loftus-Cheek, Grealish.
França
|
0-0(5-4 g.p.) | MF |
Torneio de Toulon 2005
|
|
Inglaterra
|
1-0 |
França
|
F |
Torneio Toulon 1993
|
Inglaterra
|
1-0 | F |
Torneio Toulon 1991
|
Pelo terceiro ano consecutivo a França Sub-20 qualifica-se para a final do Torneio Internacional de Esperanças de Toulon. Em 2014 foi derrotada pelo Brasil (5-2) mas venceu Marrocos (3-1) na última edição. Pode agora revalidar o troféu. Ou então pode vê-lo seguir para Inglaterra, que não o reclama há vinte e dois anos.
As seleções sub-20 de França e Inglaterra cruzaram-se por três vezes nas fases a eliminar de Toulon. Em 91 e 93 os Ingleses venceram as finais. Em 2005 encontraram-se na meia-final, e foi a França a seguir em frente, mas só o conseguiu na marcação de grandes penalidades.