França – Itália (Amigável de Seleções)
Um interessantíssimo encontro entre duas seleções com larga história no futebol mundial, ainda que há procura de objetivos diferentes nesta fase do ano. Os franceses estarão numa das primeiras linhas rumo ao título mundial, com Didier Deschamps a sentir a responsabilidade de criar um espaço de afirmação para um conjunto que, em determinados pontos, é ainda um projeto em construção. Os italianos irão falhar a presença neste Mundial e começam, desde já, a preparar a Liga das Nações e o Europeu 2020, sendo que aquilo que pesará mais é o recuperar de uma autêntica tragédia que assolou o futebol transalpino.
A França vai-se aproximando de um Mundial onde tem responsabilidades, sobretudo auto-impostas, mas onde parece ter também a sorte de se poder preparar com tempo. A fase de grupos, perante Peru, Dinamarca e Austrália, dá-lhe uma espécie de preparação dentro da competição que lhe abrirá portas para cimentar as estratégias e as ideias de Didier Deschamps para esta prova. No primeiro jogo de preparação já realizado, a França venceu com tranquilidade, tendo marcado os dois golos que deram a vitória no final da primeira parte. Giroud e Fekir, dois jogadores que estão na luta para encontrar espaço no onze francês. Este encontro frente a Itália poderá ser o encontro mais exigente da preparação francesa, pelo que será de esperar uma aposta especial de Didier Deschamps em colocar em campo o onze mais próximo daquele que estará em campo nos jogos decisivos.
Onze Provável: Lloris – Pavard, Rami, Sidibé, Lucas Hernández – Pogba, Kanté, Tolisso – Dembélé, Griezmann, Mbappé.
Itália tem agora Roberto Mancini na frente da sua principal equipa, procurando um regresso rápido a uma luta por posições de relevo nas provas que terá a disputar, a Liga das Nações e o Europeu 2020. Há talento para isso – olhando para a convocatória da equipa transalpina para esta série de encontros, percebe-se bem que existem muitas opções, com qualidade, jogadores com que Mancini poderá contar para um regresso à competição com confiança. Ao mesmo tempo, isso deixará um certo amargo de boca pelo facto de, com esta geração de jogadores, se ter perdido a oportunidade de estar num Mundial, algo que não acontecia desde 1958. Desde então, a Itália jogou quatro finais da prova, venceu por duas vezes, uma delas em 2006, mas já tinha deixado alguns sinais de preocupação por, em 2010 e 2014, ter falhado a passagem aos oitavos-de-final. Na estreia de Mancini enquanto selecionador italiano, uma vitória frente a Arábia Saudita por 2-1 terá sabido a pouco, mas o golo marcado por Mario Balotelli acaba por ser um bom tónico para o regresso do talentoso avançado à seleção.
Onze Provável: Donnarumma – Zappacosta, Bonucci, Romagnoli, Criscito – Florenzi, Jorginho, Pellegrini – Politano, Belotti, Insigne.
O último jogo oficial entre as duas equipas ocorreu em 2008, no Europeu, com Itália a vencer por 2-0, sendo que os outros dois encontros jogados entre ambos, amigáveis em 2012 e 2016, acabaram com vitória francesa.
Apesar de Itália ter aqui objectivos claros em termos de responsabilidade deste grupo de jogadores, é natural ver a França entrar como favorita.